A líder de extrema-direita disse não reconhecer mais Bolsonaro e solta "pérolas" como "eu sou a filha que Damares abortou"
segunda-feira 5 de outubro de 2020 | Edição do dia
Foto: Reprodução
Em (mais uma) cena ridícula e pitoresca protagonizada por setores do bolsonarismo, a líder do grupelho fascista "300", Sara Winter, gravou um vídeo chorando e soltou um texto se lamentando da aproximação de Bolsonaro com os outros setores do regime.
Aproximação que foi simbolizada no abraço de Bolsonaro a Toffoli após indicação de Kassio Marques ao STF.
Um nítido aceno de Bolsonaro ao centrão, um pacto entre o Executivo e o Congresso, para passar as reformas e os ataques à classe trabalhadora, como a Reforma Administrativa, bola da vez da burguesia pra atacar a saúde e educação públicas.
A extrema-direita agora chora com o aceno de Bolsonaro ao centrão, mas quando se trata de jogar a crise nas costas dos trabalhadores, todos os setores do regime estiveram sempre unidos, do Bolsonaro ao Congresso, passando pelo STF e com apoio dos militares. Seja com a Reforma da Previdência, a venda de refinarias da Petrobras ou até mesmo a terceirização generalizada do trabalho.
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Letícia Parks, da Bancada Revolucionária de Trabalhadores, comentou sobre a cena esdrúxula
Ridícula, Sara Winter, depois de ver Bolsonaro abraçar Toffoli, chora e se diz abandonada. Do grupelho fascista abandonado aos acordos com o STF pra nos atacar, essa direita mostra q seus métodos mudam, mas seus fins permanecem: atacar os trabalhadores, negros, mulheres, LGBTs.
— Letícia Parks #BancadaRevolucionaria 50200 (@letparks) October 5, 2020
"Que inveja eu tenho do Toffoli. Ele pelo menos ganhou um abraço do Bolsonaro. [...] Não reconheço Bolsonaro. Não sei mais quem ele é. O homem que eu decidi entregar meu destino e vida para proteger um legado conservador."
Falou a reacionária Sara Winter, que há algumas semanas, junto com a ministra de Bolsonaro, Damares, divulgavam os dados da menina de 10 anos que foi estuprada pelo tio durante 4 anos.
Veja o vídeo abaixo:
Sara Winter chora e diz: "Não reconheço mais Bolsonaro"
Em prisão domiciliar, a ativista Sara Winter, apoiadora do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e principal porta-voz do grupo bolsonarista autodenominado "300 do Brasil", usou as redes sociais para criticar o governo pic.twitter.com/6pZqs27209
— UOL Notícias (@UOLNoticias) October 5, 2020