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REFORMA POLÍTICA
Bancada Evangélica apoia "semidistritão" de Maia para se perpetuar no Congresso
Guilherme Zanni
Professor da rede municipal de Campinas.

As disputas sobre a reforma eleitoral e o possível novo modelo, chamado “distritão”, seguem na câmara. Na tentativa de conseguir os 308 votos necessários para aprovar o projeto, o presidente da câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) se reuniu com vários líderes de partidos da base do governo e da oposição para apresentar uma proposta intermediária, o “semidistritão”. A maior parte da bancada evangélica, que representa mais de 16% dos deputados, declarou apoio ao projeto.

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O presidente da câmara dos deputados, Rodrigo Maia (DEM), se reuniu pela manha dessa quarta-feira (16) com lideres da maior parte dos partidos da base aliada ao governo e da oposição para apresentar uma proposta que conseguisse o apoio da maioria dos deputados.

Saiba mais sobre o distritão aqui.

Nesse novo modelo (semidistritão), assim como no projeto anterior, os candidatos eleitos seriam os mais votados, porém, ainda seria possível votar na legenda e esses votos seriam distribuídos igualmente entre os candidatos do partido. O objetivo dessa mudança, seria minimizar os votos que não “valem nada”, ou seja, os votos nos candidatos que não foram eleitos ou o excesso de votos nos candidatos mais votados.

Maia chegou a dizer que “Qualquer coisa que garanta o distrital-misto em 2022 eu acho bom”. Distrital misto seria o modelo a ser adotado a partir de 2022, onde metade das cadeiras de deputados estaduais, federais e vereadores seguiriam a divisão por distrito e os eleitos são os mais votados, e a outra metade seguiria parecido com o modelo atual, com uma lista fechada de candidatos de cada partido e os eleitos seriam determinados a partir do calculo do quociente eleitoral.

A maior parte da bancada evangélica já declarou apoio a essas mudanças, pois as chances de eleger mais parlamentares cresceriam. Segundo Ricardo Mariano, professor de sociologia da USP, os evangélicos seriam favorecidos por serem bastante conhecidos, terem bastante recursos financeiros e acesso fácil as mídias, além dos pastores que são capazes de “influenciar os votos de parte de seus adeptos”.

Com muita pressa de boa parte dos interessados no projeto, já que para valer para 2018, tudo precisa ser discutido e aprovado na câmara e no senado até 7 de outubro. Ao mesmo tempo, muita incerteza sobre que modelo pode ganhar força e ser aprovado, esse projeto, que já foi discutido e negado em 2015, ganhou força depois da proibição das doações de empresas para campanhas eleitorais e partidos. Um dos pontos mais importantes de todas as variações do distritão é o financiamento publico de campanha e um fundo de quase 4 bilhões de reais, vindos dos cofres públicos, sendo o PMDB o partido a receber a maior parte desse dinheiro.

As discussões seguem na câmara e nas três comissões especiais que discutem o projeto.

 
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