No Campeonato Ucraniano, o atacante Iury foi alvo de manifestações racistas da torcida do time adversário, Vorskla Poltava, que imitavam macaco como uma ofensa à pele do jogador negro, neste domingo, 25.
Em seguida, o ex-jogador do Avaí, fez o seu segundo gol que garantiu a vitória por 3 x 0 do Zorya Luhansk, com uma linda bicicleta que calou a torcida adversária, abrindo espaço para o jogador responder as ofensas racistas com uma provocação.
"Eles ficaram me chamando de macaco e fazendo sons. Foi uma situação chata, isso no futebol já deu. Eu fui na torcida e imitei um macaco", explicou Iury, ao ESPN. "Não tenho vergonha da minha cor, de ser negro. Outras pessoas negras passam por isso. Espero que um dia isso acabe."
Veja o gol do jogador:
Casos como esse no futebol mostram que o racismo não é algo do passado, associado unicamente a escravidão negra, mas que afetam o cotidiano da população negra, dentro e fora do país. No Brasil, o peso dessa realidade grita quando vemos a população negra submetida às formas mais precárias de trabalho e tem seu cabelo, pele e expressões culturais de origem africana, tais como vestimentas ou o próprio Candomblé, demonizados e ridicularizados.
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