Josefa dos Santos trabalhou por doze anos na casa do ex-prefeito, e segundo o processo, foi demitida durante o período de afastamento médico, que prevê a suspensão do contrato trabalhista.
O afastamento se deu por complicações médicas fruto de uma intensa e exaustiva jornada de trabalho na mansão de Dória. Segundo Josefa, as tarefas que tinha que realizar diariamente eram “humanamente impossíveis de serem realizadas dentro do horário entabulado entre as partes” e por conta disso sempre acabava estendendo sua jornada de trabalho, saindo mais tarde do que o acordado.
Tudo isso se intensificou com a chegada de uma série de outras peças e tecidos utilizados por Dória fora de sua residência, como guardanapos de seu jatinho, toalhas e cortinas de sua casa em Campos de Jordão e demais utensílios de seu escritório.
Com o aumento da quantidade de trabalho, Josefa solicitou um assistente que pudesse auxiliar nas inúmeras tarefas das quais era responsável, mas o pedido foi negado por Dória. Frente ao aumento da jornada e da quantidade de trabalho, a trabalhadora passou a ter dores constantes no braço esquerdo, e por volta de fevereiro teve um prolapso na bexiga, um deslizamento da posição do órgão, o que a levou a ter que passar por uma cirurgia e permanecer afastada do trabalho o tempo que fosse necessário.
Foi nesse período de recuperação que o ex-prefeito demitiu a funcionária, num ato de completa injustiça frente a mais de uma década de serviços prestados.
Em consequência de tais ações, Josefa reclama no processo contra o ex-prefeito, o pagamento de horas extras não pagas e uma indenização moral por haver sido demitida nessas condições.
O candidato a governador, em mais um episódio absurdo, mostra novamente quais são seus objetivos para governar o estado. Seus interesses são antagônicos aos dos trabalhadores. João Dória não passa de um empresário que nada mais quer saber além de seus lucros, descumprindo inclusive leis trabalhistas básicas para a manutenção da dignidade de qualquer ser humano.
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