Tal como seu racismo não se trata de excessos. Se trata de um programa consequente com reforçar o patriarcado para aumentar a exploração de todos trabalhadores, começando pelas mulheres a quem recai o trabalho doméstico não remunerado além de ter que vender sua força de trabalho como a todos trabalhadores.
Em 2003, Bolsonaro protagonizou um escândalo na Câmara contra Maria do Rosário, deputada do PT. O caso tomou repercussão quando o Bolsonaro afirmou que por sua estética, a deputada não “merecia” ser estuprada. Todos os dias 135 mulheres são estupradas, e segundo o Mapa da Violência, a maioria dos casos acontecem dentro do próprio lar, contra meninas e adolescentes e em geral por parentes próximos.
https://www.youtube.com/watch?v=lB4p1g5ENNk
opinião de Bolsonaro sobre as mulheres
Pela primeira vez na história, as mulheres compõem, cerca de 50% da classe trabalhadora de todo mundo: o avanço das mulheres no mercado de trabalho se dá a duras penas. Presas ao trabalho doméstico, mulheres fazem dupla e até dupla jornada, ganham menos que os homens e as mulheres negras são jogadas para postos de trabalhos ainda mais precarizados com o avanço da precarização que trouxe a Reforma trabalhista de Temer. É em meio à este cenário, que Bolsonaro declarou que mulheres deveriam receber menos por engravidarem. Falso defensor da família e da vida, Bolsonaro se posiciona contrário à legalização do aborto por defender a “vida”, mas defende todo tipo de política machista contra as mulheres, inclusive de puni-las por serem mães.
Na história, as mulheres protagonizaram lutas heróicas e sempre se colocaram na linha de frente da luta pelo direito a igualdade, a liberdade e uma vida digna de ser vivida. Os governos, a igreja e o patriarcado sempre quizeram controlar o corpo e a consciência das mulheres para mantê-las em um profundo estado de submissão e obediencia.
Desde a revolução francesa no final do séc. XVIII, as mulheres ajudaram a derrubar reis tiranos lutando nas ruas e em barricadas. No século XIX e ainda hoje, são o setor mais explorado no sistema capitalista. Foi no final do século XIX, que conquistaram o direito ao voto com o movimento das “sufragistas”. Muitas tombaram em greves, assassinadas em portas de fábricas e nas barricadas lutando por um mundo mais justo.
As mulheres devem receber a mesma remuneração dos homens, e esta luta deve fazer parte da demanda de todos os trabalhadores, uma vez que o machismo reduz os salários das mulheres, mas também ataca o conjunto da classe trabalhadora. Além disso, é preciso também implementar creches e lavanderias públicas, garantindo o fim da dupla jornada das mulheres, que descarrega o trabalho doméstico em suas costas.
O direito ao aborto, livre, legal, seguro e gratuito, também deve ser garantido para todas as mulheres, uma vez que 4 mulheres morrem por aborto clandestino todos os dias. Destas 4, 3 são negras. Bolsonaro, não só defende barbaridades machistas contra as mulheres, como se posiciona contra a legalização do aborto. A legalização do aborto, que por sua vez é uma questão de saúde pública, deve ser garantido com a luta organizada das mulheres na rua, capaz de impor que este direito seja garantido através do sistema único de saúde.
A história da luta das mulheres foi extraordinária e continuará sendo. Foram incansáveis na luta pela sua emancipação e libertação. Os machistas, como Bolsonaro e seus filhos, pretendem apagar essa história.
Machistas opressores como “os bolsonaros” não vencerão e não apagarão a chama que queima no coração de cada mulher oprimida. O lugar de Bolsonaro e de seus seguidores está reservado a lata de lixo da história. Nenhum voto das mulheres em Bolsonaro!
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