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CRISE NA UERJ
Estudantes e trabalhadores terceirizados mobilizam-se contra novo descaso da reitoria de Vieiralves
Daniel Botelho, estudante de jornalismo UERJ
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Centenas de estudantes realizam ato pelo pagamento imediato dos salários atrasados dos Trabalhadores terceirizados da UERJ. Com a presença de funcionárias terceirizadas e o apoio de muitas pessoas que passavam pelo hall do Queijo e demonstravam solidariedade, os estudantes fecharam o acesso ao hall dos elevadores com um piquete. Cantavam palavras de ordem pelo pagamento imediato dos salários, denunciando a Reitoria, o Governo do Estado, responsáveis pela precarização da Universidade.

Mais cedo, um outro ato votado em assembleia pelos técnicos, teve adesão do Sintuperj, da Asduerj e do DCE. O ato que contou com cerca de 30 pessoas e reivindicava melhorias na Universidade e o pagamento dos salários das terceirizadas. Consideramos fundamental a unidade entre os setores da Universidade, no entanto, o ato da tarde demonstra a falta de construção na base, por parte das direções dos três setores. Do ponto de vista dos estudantes, nem o DCE que chamava o ato deu peso.

O ato da noite mostrou a força da mobilização independente do DCE, da Reitoria e do Governo, organizado pela oposição, com Centros Acadêmicos, coletivos de esquerda e estudantes independentes. Mas justamente a impossibilidade do DCE de fazer críticas incisivas ao Reitor, Ricardo Vieralves, e ao Governador (Luiz Fernando Pezão),e sua atual campanha de apoio ao candidato de continuidade da Reitoria, demonstra a incapacidade do DCE em mobilizar sua base, e que não pode se colocar nessa luta, porque está do lado de quem ataca estudantes e trabalhadores.

A indignação dos estudantes expressou fortemente que o Movimento Estudantil quer dar uma resposta para a situação dos terceirizados. Este ato, junto as mobilizações e paralisações diárias que os terceirizados tem feito, representam o caminho para a retomada da intensa movimentação vista há 2 meses (com 15 cursos paralisados, assembleias com 800 alunos, entre jatos d’água e pedradas da segurança/reitoria contra os estudantes), junto a manobra de Vieralves em aliança com o DCE. que cala frente a cada canetada, e frente aos surtos autoritários e os ataques da reitoria e do Governo do Estado.

O panorama da precarização na UERJ precisa de uma resposta a altura por parte do movimento estudantil da Universidade. Carolina Cacau coordenadora do CASS coloca a necessidade de lutar contra essa precarização e que "acabamos de voltar de um encontro com 400 mulheres e LGBT organizado pelo Pão e Rosas. A partir dele impulsionaremos a campanha contra a precarização, contra a terceirização e o PL4330 e pela efetivação imediata das terceirizadas".

Essa intensa mobilização (independente do DCE) vista há dois meses, precisa ser retomada. Enquanto o DCE está preocupado com a campanha para a eleição do sucessor de Vieralves, Ruy Garcia Marques, o Movimento Estudantil da UERJ deve se preocupar em dar respostas à crise da Universidade. Para além das eleições da Reitoria, o Movimento Estudantil deve lutar por uma saída junto aos estudantes e trabalhadores.

A Comissão de Mobilização, responsável pelo ato de hoje, convoca para um novo ato hoje (03/09), às 17 horas, também no hall dos elevadores, que deverão ter seu funcionamento novamente paralisados. Também foi definido pela Comissão que uma Assembleia Estudantil será realizada na próxima quinta-feira, dia 10/09.

Nós, da Juventude Às Ruas, chamamos a todos e todas para o novo ato amanhã, às 17 horas, no Hall do Queijo, e convocamos os estudantes da UERJ a participarem da Assembleia e nos piquetes na próxima semana e debater profundamente a situação dos terceirizados dentro da universidade para além dos salários, a precarização das condições de trabalho, as bolsas atrasadas e a falta de creche . Com os salários das terceirizadas atrasados, com as bolsas estudantis inconstantes, e com os outros incontáveis problemas em nossa Universidade, o Movimento Estudantil precisa se reorganizar para responder a esses ataques.

 
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