Para pagar as contas de água, luz, serviços de vigilância e portaria do mês de setembro, a universidade retirou 30% dos recursos das unidades acadêmicas, suspendeu compra de livros para a biblioteca e de materiais e insumos para os laboratórios.
Para 2020, o orçamento previsto para a Universidade de Brasília é de R$ 1,3 bilhão (24% menor do orçamento deste ano). Esse valor não dá conta da folha de pagamento total de 2019, prevista em R$ 1,5 bilhão.
A decana de Planejamento, Orçamento e Avaliação Institucional declarou: “Hoje, a única ação que não está bloqueada é a assistência estudantil, mas não temos mais crédito para pagar as despesas”. Colocado em dúvida a continuidade da assistência estudantil e em consequência, a continuidade de milhares de alunos que dependem dessa assistência.
Esses cortes de verba à educação e das bolsas de fomento à pesquisa não ocorre só na UnB. Bolsonaro e Weintraub estão vindo com tudo pra cima das universidades por todo o Brasil. Com o projeto Future-se, abre-se mais espaço para a privatização do ensino público, busca o controle ideológico e uma enorme mercantilização da universidade por meio de financiamento empresarial, extinguindo pesquisas que não sejam exclusivamente para o interesse privado.
Por isso, é necessário que as entidades estudantis construam assembleias massivas para ampliar e coordenar toda a disposição de luta que os estudantes têm demonstrado a serviço das mobilizações contra os cortes na educação e o Future-se, e em unidade com os trabalhadores contra os ataques do governo.
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