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[VÍDEO] Leticia Parks responde: "O que acontece com quem critica a Djamila Ribeiro?"
Redação

A contundente resposta de Letícia Parks, editora do Esquerda Diário, aos ataques de Djamila Ribeiro viralizou nas redes sociais. A filosofa a chamou de ‘garota clarinha de turbante’ durante uma live com o deputado Marcelo Freixo e ameaçou entrar com processos contra a ativista.

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Em uma live em que Djamila participou junto do deputado Marcelo Freixo, a filosofa declarou barbaridades, se apoiando no colorismo para desqualificar as críticas de Leticia como uma "garota clarinha de turbante" e ameaçando fazer um processo contra o que chamou de fake news a seu respeito, mesmo reconhecendo ter feito propaganda para a empresa 99, que leva a frente a precarização do trabalho de milhares de negros e negras. Freixo endossando os ataques de Djamila chegou a comparar as críticas de Letícia com a rede de desinformação bolsonarista, o gabinete do ódio.

Tentando invalidar o discurso marxista de Letícia e daqueles que buscam unir a luta dos negros contra a opressão com a luta dos trabalhadores contra este sistema de exploração, Djamila afirmou que "ela [Leticia] está do lado de brancos racistas, ela está do lado branquitude colonial". Os ataques anticomunistas de Djamila negam uma longa trajetória de negros e negras que foram sujeitos do combate ao racismo em unidade com o combate ao capitalismo.

A própria trajetória militante de Letícia Parks personifica essa luta consciente contra o racismo e o capitalismo. Como Letícia destacou em sua resposta, como uma mulher negra ela sempre batalhou contra o racismo, esteve ao lado das mulheres negras terceirizadas nas greves por seus direitos e contra a precarização, sempre se posicionou contra o golpe institucional e a degradação do regime, contra a extrema-direita racista de Bolsonaro. Ser consequente com a luta negra significa tomar um lado. Significa, no dia da paralisação dos entregadores, estar nas ruas juntos com essa categoria majoritariamente negra contra a superexploração das empresas de app e não fazendo publicidade para eles.

Hoje que é também dia da mulher negra latina caribenha, é preciso se embandeirar da força das lutadoras que nos antecederam que nunca abaixaram a cabeça, para assim como Letícia não se intimidar contra aqueles e aquelas que usam sua posição para amedrontar as pessoas que tem posições distintas. Uma posição que não separa raça e classe, que vê o racismo inseparável do capitalismo, e que vê no combate de todos os trabalhadores junto aos negros a única via para superação da opressão e da exploração. Nas palavras de Letícia:

Mas o capitalismo como sistema econômico é incapaz de conceder as mulheres negras direitos iguais dentro dessa sociedade, assim como fizeram nossos ancestrais na luta pelo fim da escravidão, precisamos nós como mulheres negras, junto a nossa classe, batalhar pelo fim do capitalismo e com ele com o fim do racismo.

Veja mais: Raça, classe e gênero: sobre a luta das mulheres negras por um feminismo socialista

 
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