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POLÍCIA ASSASSINA
PM de Witzel mata e arrasta corpo de jovem durante partida de futsal
Redação

Caio Gabriel Vieira, de 20 anos, foi morto pela Polícia Militar enquanto participava de uma comemoração ao jogar futsal no Morro dos Macacos. Segundo os moradores e a tia de Caio, a polícia chegou pulando o muro e atirando bombas de gás, disparos foram dados e Caio atingido teve seu corpo arrastado pelos policiais.

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Imagem retirada das redes sociais

Caio Gabriel Vieira é mais uma vítima da brutal violência da Polícia Militar racista. Baleado no último sábado, dia 15, enquanto jogava futebol, ele tinha uma entrevista de trabalho para fazer nesta terça-feira, mas qualquer sonho seu foi destruído por tiros da PM. Tia de Caio, Maria da Conceição disse:

“Em quase todas as favelas tem acontecido covardia. Às vezes, a covardia é solucionada com a verdade e às vezes não. Infelizmente esses cidadãos de uma UPP, que é para proteger uma comunidade, fazem uma desgraça com uma família. A parede (do local onde Caio estava) está toda furada (por tiros). Foi uma execução”

“Sem justiça, sem paz!” Estas foram as palavras ecoadas pela luta negra internacional após a morte de George Floyd, principalmente nos EUA, como forma de denunciar a covarde violência e o racismo estrutural da polícia ao eliminar a céu aberto milhares de vidas negras, no caso do Brasil, em sua maioria, a juventude trabalhadora das favelas. Criadas durante o governo Lula, as UPPs são verdadeiras obras de extermínio dentro das comunidades periféricas, por elas que a Polícia Militar se vale para abastecer sua letalidade e engrossar o número de mortos e por meio delas que a milícia se instaura e dissemina raízes, produzindo terror e violência abertas. Nas palavras sensíveis de Conceição:

“Na favela não tem câmera, mas tem todos esses olhos que se tornam testemunhas de uma inverdade que estão falando. Meu sobrinho foi morto covardemente. A voz superior fica sendo de quem tem o poder, que no caso são os policiais”

Covardemente são mortos milhares de jovens pelas mãos da polícia burguesa, que serve aos interesses de governos assassinos e a discursos da extrema direita, como prega Jair Bolsonaro quando diz “bandido bom é bandido morto”, Witzel em “atirar na cabecinha” ou Dória (um farsante de “oposição” e “político racional”) quando afirma que sua polícia ia “atirar para matar”.

A “voz superior” como diz Conceição tem de ser a voz dos trabalhadores explorados e do povo negro oprimido violentamente pela polícia! Aqui reivindicamos a abolição da Polícia enquanto instituição estatal, servidora da propriedade privada, dos interesses imediatos da burguesia e dos governos, bem como brilhantemente levantaram as vozes de manifestantes do movimento “Black Lives Matter” em suas gigantescas manifestações neste ano.

Nós do MRT, reivindicamos que a saída não pode ser “humanizar” a polícia, como quer setores da esquerda, tomamos como exemplo o PSOL que permite policiais “progressistas” entrarem no partido, ou quando Freixo reivindica melhores condições para a polícia exercer seu “trabalho”, pois isso implica não entender a função classista dela enquanto um braço armado do Estado e estrategicamente organizado para defendê-lo. Um organismo estatal historicamente racista e eletista, usado para reprimir greves, produzir torturas e mortos no regime militar e matar os jovens das periferias deste país, atualmente ainda mais estimuladas pelo governo Bolsonaro e sua corja de militares no poder, haja visto o número enorme de operação dentro das favelas em plena pandemia.

Exigimos Justiça à Caio Gabriel, exigimos punição imediata de militares assassinos por juris populares, chamando a que sindicatos, organizações, movimentos sociais impulsionem-los e não deixem nas mãos de tribunais militares que herdam os crimes mais horríveis da Ditadura e que não representam o povo pobre. Não aceitamos que este governo ofereça somente as escolhas das periferias morrerem pela fome do desemprego, pelo vírus ou pelas armas das UPPs. A luta antirracista também se forja na luta anti polícia e pela abolição desta instituição! Por todos os Caios, Marielles, Ágathas, Joãos Pedro, exigimos justiça e prestamos solidariedade às famílias e amigos que sentiram vidas próximas tiradas pelas mãos da PM.

 
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