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PM blinda assassino de Geovane Gabriel dizendo que "confundiu" cabelo e pele negra com assaltante
Redação Esquerda Diário Nordeste

Hoje, depois de dois meses, o policial militar que assassinou o jovem Geovane Gabriel de 18 anos no Rio Grande do Norte foi preso temporariamente, até que se concluam as investigações. Com sua identidade protegida pelo Estado, sua polícia e sua justiça, ele teria "confundido" Gabriel com assaltante que estava procurando.

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Em matéria do Tribuna do Norte, é possível identificar, inclusive, as motivações e justificativas absurdas. Uma das vítimas do assaltante procurado pelo PM teria sido parente do mesmo e o policial saiu em busca de "reparação". E, nessa busca, ele "confundiu" Gabriel por nada menos asqueroso e racista que sua estatura, seu cabelo e sua cor da pele.

Geovane Gabriel foi assassinado pela polícia porque era negro e seu corpo foi encontrado com marcas de ódio das mais escancaradamente racistas de tortura, com os braços presos por abraçadeiras, um tiro na testa e marcas de ácido. No RN, 9 a cada 10 assassinatos são de jovens negros. A polícia serve exclusivamente pra isso, defender a ordem burguesa produzindo um mar de sangue negro.

Por isso, é necessária uma investigação independente, sem confiar no Estado racista, com defensores dos direitos humanos, sindicatos, familiares, movimentos sociais, para averiguar e controlar todo o processo. Porque, se depender da polícia e da justiça, vão proteger o PM, e não vidas negras, negando até a tornar público seu nome.

O assassinato de jovens negros pelo Estado e sua polícia racistas no Brasil é sistemático, como vimos com a morte de Jhonny adolescente de 17 anos em Jaboatão dos Guararapes - PE na semana passada. A fúria negra nos EUA é inspiração por justiça para Geovane Gabriel: pelo fim da polícia já!

E Bolsonaro, Mourão, militares, Congresso e STF fortaleceram o papel repressivo e racista da polícia em meio à pandemia.

No RN, a governadora Fátima Bezerra (PT) homenageou os 182 anos da PM, perpetuando o caráter escravocrata dessa instituição, apenas algumas dias depois da morte de Gabriel. A mesma PM que baleou uma mulher no Paço da Pátria enquanto fazia quentinhas. Não podemos confiar em um governo que fortalece o aparato repressivo da PM, que atua contra os negros e trabalhadores do RN.

Não pode see que organizações como o MES do PSOL, representado pelo deputado estadual Sandro Pimentel e a juventude Juntos, se coloquem em apoio à polícia anti-fascista, que dizem ser un setor "progressista" de uma corporação que existe para reprimir trabalhadores e o povo negro. Ou mesmo PSTU que nacionalmente defende que a polícia é parte dos trabalhadores, reivindicando seus sindicatos e "melhores salários" que significa fortalecer esse aparato repressivo. Enquanto a UP, uma organização que reivindica abertamente o stalinismo e que comemora cegamente as investigações da polícia no caso de Gabriel, essas organizações da esquerda trotskista deveriam se colocar ao lado da batalha por uma investigação independente que leve até o final o questionamento desse aparato repressivo, seguindo o exemplo da luta antirracista nos EUA que colocaram o fim da polícia como resposta ao assassonato de George Floyd.

Justiça por Geovane Gabriel e Jhonny!

 
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