Lucas Lima/UOL
Quando Geraldo Alckmin e Herman Voorwald declararam seu projeto de “reorganização”, não esperavam que a mobilização dos estudantes fosse ser um grande problema para efetivação de sua política neoliberal. Desde as centenas de ato que ocorreram, com o ponto alto que foi a ocupação da E.E. Fernão Dias, em Pinheiros - São Paulo, a mobilização dos estudantes tem evidenciado a toda sociedade o questionamento do projeto tucano que irá fechar escolas, demitir professores e trabalhadores.
A ocupação tem gerado ampla repercussão na grande mídia, e conquistado apoio não só de professores e estudantes, como também de personalidades, como o ator Pascoal da Conceição, intérprete do famoso personagem Dr. Abobrinha do “Castelo Ra-Tim-Bum”, além de uma série de parlamentares e políticos. Uma emocionante foto dos trabalhadores do bandejão da USP, com uma grande faixa “estudantes do Fernão, estamos com vocês” é mais uma prova do potencial que essa luta tem de conquistar apoio e solidariedade de diversos setores da sociedade.
Em frente à escola, apoiadores acampam em solidariedade, motivados a defender a escola caso haja reintegração de posse. As cenas da militarização do entorno, com vários casos de agressão policial, mostra que Alckmin quer a todo custo lançar uma política de medo para esvaziar a ocupação.
Porém, o medo de Alckmin e Herman é que o exemplo se generalize. Caso, mais algumas escolas se inspirem no grande exemplo levado à frente pelos estudantes da Fernão, seu projeto estará em risco.
Todos que defendem a educação pública se orgulham de dizer que também são “Fernão”. Um exemplo a ser seguido, que já é inspiração para milhares por todo o Estado. Essa era a pedra no caminho que Alckmin não esperava.
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