A direção do Sindipetro-Caxias convocou uma assembleia de última hora, para as 7h da manhã do sábado, tentando esvaziar a mesma e aprovar o indicativo da FUP de fim da greve. A FUP, que resistiu a entrar na greve que se enfrentava com o "seu" governo, tentou fazer de tudo para acabar com a greve. Propuseram sair do movimento mesmo sem nenhuma garantia de nenhuma punição aos trabalhadores, mesmo sem garantir o abono dos dias e mesmo sem garantir sequer a suspensão do andamento das privatizações.

Os petroleiros não caíram na manobra de permitir uma assembleia atípica num sábado ser esvaziada, e com quase 300 petroleiros presentes votaram maciçamente pela continuidade da greve. O placar de 166 favoráveis à continuidade da greve e 94 favoráveis ao fim do movimento junto ao sindicato, mostra que a categoria expressivamente está a favor de continuar no movimento. Essa votação histórica se soma a outros sindicatos das bases da FUP que também rejeitaram o indicativo dessa federação. Ontem, os trabalhadores do Espírito Santo, do Ceará e Piaui também haviam rejeitado o indicativo da FUP. Hoje os trabalhadores de Minas Gerais reunidos em assembleia na REGAP também decidiram pela continuidade da greve. A votação na REGAP também foi muito expressiva à favor da continuidade do movimento, 96 a 12.

Essa série de assembleias mostra como está surgindo uma nova geração de petroleiros que está decidida a não abandonar e não deixar nenhum companheiro para trás, bem como quer ser consequente na luta contra a privatização. Veja a seguir fala de Leandro Lanfredi, petroleiro do terminal do Campos Elíseos e editor do Esquerda Diário defendendo a continuidade da greve.

Veja também várias fotos dessa assembleia histórica em Duque de Caxias.