Com base nos dados das secretarias estaduais de saúde, o consórcio de veículos de imprensa divulgou ontem, 15, que o Brasil teve a maior marca de mortes por Covid em 24 horas desde 16 de setembro, quando foram registradas 967 óbitos. Isso levou o país ontem à marca de 182.854 vidas perdidas pela pandemia e confirma a tendência de aumento na média móvel de mortes, que em 7 dias foi de 667 – maior índice desde 2 de outubro, quando foi registrado o número de 675.
A quantidade de casos indica estabilidade nas últimas três semanas. No último dia foram 44.849 novos diagnósticos, com a média móvel nos últimos 7 dias sendo registrada em 42.620 casos – uma variação de +11% com relação às duas semanas anteriores. Desde o início da pandemia foram registrados 6.974.258 pessoas contaminadas pela COVID-19, em que pesa a grande subnotificação pela falta e desperdício de testes.
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Segundo análises do G1, 18 estados e o DF estão em crescimento do número de mortes, 5 em estabilização e 3 em queda. São eles: PR, RS, SC, ES, MG, RJ, SP, DF, MS, MT, AC, AP, RR, AL, BA, PB, PE, RN e SE em alta; GO, PA, RO, TO e PI em estabilização; e AM, CE e MA em queda.
Frente à alta dos casos, o governo Bolsonaro e dos demais atores do regime político golpista, como os governadores, o Congresso e o STF, não sinalizam nenhuma medida efetiva para impedir os efeitos drásticos de uma segunda onda da pandemia no Brasil. No último dia 8 a Câmara aprovou o texto da PEC do orçamento de guerra, que é na verdade uma declaração de guerra em defesa dos grandes empresários e dos bancos.
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O debate sobre a vacinação contra a COVID-19 tomou os meios de comunicação nos últimos dias e há grande expectativa nesta medida como solução da pandemia. No entanto, o próprio governo pretende livrar a si e a indústria farmacêutica de possíveis efeitos colaterais de uma vacina, mostrando que uma resposta à crise sanitária só pode ser dada com o protagonismo dos trabalhadores da saúde e de outras áreas, unificados com a população para impor medidas radicais para que haja vacina segura e condições sanitárias para todos.
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