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DISPUTA
Bolsonaro e Maia jogam responsabilidade um ao outro por não pagar parcela do Bolsa Família
Redação

Bolsonaro, em sua live nessa quinta-feira (17), culpou Rodrigo Maia por não pagar a 13ª parcela do Bolsa Família aos beneficiários, e o presidente da câmara respondeu chamando o presidente de mentiroso, num jogo em que ambos se esquivam da responsabilidade pela medida impopular.

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(Foto: Fátima Meira/Futura Press)

A 13ª parcela do Bolsa Família foi uma promessa feita em campanha por Bolsonaro, e foi paga somente em 2019 por uma Medida Provisória. No entanto, em Março de 2020 a medida perdeu a validade e não foi votada, sem ir para o Senado, deixando claro que a promessa de campanha do presidente era puramente uma demagogia para atrair popularidade, principalmente dos setores mais pobres da população que dependem do auxílio do governo.

Na sua live, Bolsonaro transfere totalmente a responsabilidade para Rodrigo Maia por ter deixado caducar a MP e dizendo para a população cobrá-lo disso. Já o presidente da câmara rebate dizendo que foi a pedido do presidente que a medida não foi votada, chamando-o de mentiroso. Em verdade, a MP não foi votada realmente a pedido do governo, pois ela custaria 8 bilhões aos cofres públicos, e Bolsonaro prefere direcionar esse dinheiro a empresas e bancos para lucrarem do que à população que necessita desse auxílio para sobreviver.

Ainda que Bolsonaro e Maia estejam trocando ataques, pois com o apoio de Bolsonaro à Arthur Lira para ocupar a presidência da Câmara a relação entre eles fica tensa, na prática eles juntam-se para atacar a população. Por mais que cause uma impressão de que os dois têm diferenças, na verdade, estão alinhados, aprovando reformas que destroem a vida dos trabalhadores e suas perspectivas de futuro, como a Reforma da Previdência, a MP da Morte, que permite que trabalhadores tenham seu contrato de trabalho suspenso durante a pandemia, sem receber de seus empregadores, e, agora, querem aprovar a Reforma Administrativa, atacando direitos que os trabalhadores servidores públicos conquistaram com anos de luta.

Por isso, desde o Golpe de 2016, que abriu espaço para que esses setores da direita estejam no poder atacando a uma velocidade muito maior a vida dos trabalhadores, o governo vem aprovando uma série de reformas que retiram direitos dos trabalhadores num ritmo feroz. Por mais que Bolsonaro tente fazer demagogia, empurrando a responsabilidade para Maia do não pagamento da parcela do Bolsa Família, a verdade é que ambos pouco importam-se com a vida das pessoas que dependem do auxílio e, muito menos com a vida dos trabalhadores.

Por isso, os trabalhadores, repudiando esses parlamentares que fazem promessas e depois se esquivam, precisam confiar unicamente em suas forças para se mobilizarem em seus locais de trabalho e barrar esses ataques do governo contra seus direitos. Além disso, é necessário exigir o fim da trégua das grandes centrais sindicais com o governo, para que elas impulsionem a luta dos trabalhadores em nível nacional e parem de negociar os direitos dos trabalhadores com os burgueses, pois esses são interesses inconciliáveis.

 
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