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ESTUDANTES VÃO POR MAIS
Milhares tomam as ruas de São Paulo em apoio aos estudantes secundaristas
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Já no final da tarde de ontem podia se ouvir o som de batuques e palavras de ordem vindos do vão livre do Masp.
Secundaristas, professores, pais e apoiadores se reuniram em apoio a luta dos secundaristas de São Paulo, que chegaram a ocupar mais de 200 escolas por todo o estado, contra o fechamento de escolas proposto por Geraldo Alckmin na reorganização do ensino.

Na semana passada Alckmin anunciou após ato fortemente reprimido que a reorganização seria suspensa para que alunos, professores, pais e governo dialogassem sobre o projeto de reorganização durante o ano de 2016. Os estudantes também pedem a não punição e perseguição de alunos, pais, professores e apoiadores em geral que participaram do movimento e a apuração da brutal violência da PM contra os estudantes nos atos das últimas semanas.

No ato de ontem, a juventude mais uma vez mostrou toda a disposição de luta e muita politização. Logo no inicio do ato um jogral passou a conta da crise, com cortes de gastos dos serviços públicos, demissões e avanço da terceirização para os governos. Além de chamar todos os trabalhadores a luta. Esse foi o conteúdo do comunicado que os secundaristas leram em um jogral, onde disseram que estavam ao lado dos trabalhadores que resistem nas fábricas aos programas de demissão. Chamaram a unidade dos estudantes e trabalhadores para enfrentar a crise, exigindo menos cortes e mais educação.

A manifestação foi aberta com uma faixa “Menos cortes, mais educação. Pela educação pública e de qualidade”. Saindo do Masp chegando a Secretária de educação, na Praça da República os estudantes reuniram 15 mil pessoas segundo os organizadores. Na chegada a secretária mais uma vez a PM reagiu com bomba e gás lacrimogênio, perseguindo os estudantes pelo centro da cidade. Pelo menos 10 pessoas foram detidas de maneira arbitrária e violenta e só foram liberados na manhã de hoje.

Com a força da mobilização dos alunos Alckmin já começou a ter suas primeiras derrotas. Tentou vencer os alunos pelo medo da repressão e foi vencido. Tentou pelo cansaço e também foi vencido. Agora foi obrigado a suspender a reorganização e enfrentou certo "resmungue" da mídia burguesa que sempre o blindou mesmo quando conseguiu acabar com a água de São Paulo.

Por isso é preciso que o movimento dos alunos se massifique e ganhe novos anseios. É possível lutar por nenhum sala de aula fechada, que sabemos que mais uma vez o inicio do ano letivo será marcado por esse ataque. Menos alunos por sala de aula, salários dignos aos professores e funcionários. Além de colocar em discussão todo o projeto de educação dos governos para os filhos e filhas da classe trabalhadora, questionando o currículo e as gestões das escolas.

O espirito da juventude mostra o caminho da luta para barrar também os ataques dos governos contra os trabalhadores, em um momento de crise econômica e política.

 
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