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RIO DE JANEIRO
Em jogada de marketing, Pezão corta 10% do seu salário
Pedro Rebucci de Melo

Governador do RJ anunciou, nesta sexta-feira, 11, redução de 10% em seu salário, de seu vice e dos secretários estaduais ao mesmo tempo em que afirma não garantir pagamento do 13º do funcionalismo carioca.

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Em anúncio na tarde dessa sexta, 11, o governador do RJ, Luiz Fernando Pezão afirmou que irá reduzir seu salário, de seu vice e dos secretários estaduais em 10%. O corte vem em meio a uma crise generalizada no governo fiscal carioca que se vê afundado em dívidas superiores a 2 bilhões de reais. Pezão também anunciou venda de alguns helicópteros, cancelamento de celulares e redução nos salários dos subsecretários.

Em um momento no qual as contas cariocas encontram-se em estado calamitoso somando-se ao crescente rechaço da população à casta política, Pezão busca diferenciar-se do restante dos políticos ao anunciar um demagógico corte de gastos. Para se ter ideia de como essa redução é cenográfica, o salário do governador irá passar de R$ 21.868,14 para R$ 19.681,33, mantendo um salário muito acima do de um trabalhador médio. A medida também não toca nos inúmeros auxílios que recebem os políticos como auxílio moradia, auxílio gasolina e outros que fazem com que sua renda seja muito superior ao declarado.

Esse jogo de cena surge também para dar respaldo aos inúmeros cortes que planeja Pezão e seu governo, criando uma imagem de "político coerente" que dá exemplo e "corta na própria carne". No mesmo dia em que anunciou esse minúsculo corte no seu salário, Pezão confirmou que ainda não tem garantido os recursos para pagamento da segunda parcela do 13º salário dos servidores, prevista para o próximo dia 17, já anunciando que os maiores cortes e sacrifícios deverão ser pagos pelos trabalhadores e setores oprimidos, que dependem de dinheiro público para receberem seus direitos.

A demagogia do "corte" de Pezão (PMDB e aliado de Dilma) também está no envolvimento do governador no escândalo de corrupção da Lava-Jato que desviou bilhões de reais dos cofres públicos, como denunciado nesta quinta-feira, em artigo no Esquerda Diário, veja aqui.

Em uma situação como essa, é necessário acabar com os privilégios desses políticos corruptos que são um dos responsáveis pela atual crise, defendendo o fim dos privilégios e que todo político ganhe o mesmo salário de uma professora, afastando do poder os abutres gananciosos que hoje lá se encontram. Essa luta, necessária, só poderá ser levantada pela classe trabalhadora organizada pela base e de forma independente do governo do PT, dos patrões e da oposição de direita.

Foto: Salvador Scofano/ GERJ

 
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