Imagem: Reprodução da Página Oficial do DCE da UFABC
A Assembleia Geral contou com a participação de representantes da ADUFABC (Associação dos Docentes da UFABC), SintUFABC (Sindicato dos trabalhadores da UFABC) e APG (Associação de Pós Graduação), assim como estudantes da graduação que puderam debater sobre os ataques que a educação vem sofrendo, sobre o orçamento da universidade e sobre o mote "Vida, Pão, Vacina e Educação".
A situação apresentada na Assembleia sobre os cortes do governo Bolsonaro são assustadoras. Como se pode ver nessa descrição enviada aos participantes da Assembleia:
Custeio PLOA UFABC (demandas mínimas para continuar funcionando no estado atual, sem incluir investimento): 90,3 milhões
Orçamento de custeio aprovado: 42,2 milhões
Prevíamos 16,5% de corte
Dos 42,2 mi aprovados:
Garantia de 17,9 mi (42,4% do aprovado) para todo o ano
Contingenciado: 24,3 mi (57,6% do aprovado) sujeito a nova aprovação, pouco provável diante da atual situação econômica do país e riscos fiscais que o governo corre no orçamento 2021
Corte de assistência estudantil: 20% do PNAES
O país precisaria de 1,5 bi para fazer o mínimo, tem 800 mi aprovados
Como a UFABC tem funcionado até agora, sem orçamento sancionado:
1/18 dos 17,8 mi de custeio aprovados
1/12 da verba PNAES
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A Assembleia partiu de debater como essa situação de cortes na educação é um projeto da extrema direita com seu obscurantismo e a necessidade de organizar os estudantes, apesar do EAD e dos efeitos da pandemia na própria subjetividade de todos, buscando formas de retomar as passagens em sala, pedindo para os professores disponibilizarem informações nas aulas assíncronas e podendo pedir alguns minutos antes das aulas síncronas.
Virgínia Guitzel, estudante do BCH, trabalhadora da educação e militante do Pão e Rosas ABC interveio na assembleia retomando os debates que ocorreram na reunião da União Nacional dos Estudantes, que a Juventude Faísca propôs unificar o LockDown dos Trabalhadores do dia 24 com este dia nacional de luta dos estudantes do dia 30, para unir forças para poder enfrentar Bolsonaro, mas também todo o regime político do golpe que apesar de suas diferenças, andam juntos quando se trata de retirar direitos dos trabalhadores e atacar a educação, como se viu na aprovação da PEC Emergencial, que buscava colocar os setores mais precários da nossa classe contra o funcionalismo público e as verbas destinadas a saúde e educação. Propôs a incorporação na campanha Nacional da Juventude Faísca "Abaixo a Lei de Segurança Nacional. Fora Bolsonaro e Mourão" que foi aprovada por aclamação.
Essa campanha é uma questão fundamental para enfrentar o autoritarismo de Bolsonaro, de utilizar uma lei herdeira da Ditadura Militar, para perseguir opositores e qualquer pessoa que denuncie uma fato da realidade: Bolsonaro é Genocida. Passado, o aniversário do golpe militar de 1964, onde Bolsonaro e generais como Mourão e Braga Neto chamaram a comemorar o golpe, é ainda mais importante o movimento estudantil organizado lutar ao lado dos trabalhadores para varrer toda a herança da ditadura e dizer: Ditadura Nunca Mais!
Na reunião, Virgínia ainda chamou a Unidade Popular Pelo Socialismo (UP) que atualmente dirige o DCE da UFABC para batalhar por um polo de oposição da direção majoritária da UNE que tem como estratégia aguardar até 2022 apostando todas as fichas em Lula como opositor de Bolsonaro, e que é preciso construir desde as bases a nossa mobilização para dar uma resposta de conjunto através de uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana.
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Veja as primeiras fotos de estudantes aderindo a campanha:
Envie você também sua foto para o DCE e pro Esquerda Diário
Jenifer Tristan, ingressante de 2020 da LCNE
Kyem Araújo, ingressante de 2019 do BCT
Odilon Batista, estudante do BCT.
Virgínia Guitzel, ingressante de 2020 do BCH.
Gabriel, ingressante de 2020, BCH
Júlia Coelho, BCT.
Mariana, BCH.
Suzan, BCH
Confira abaixo a publicação da ata da nossa Assembleia Geral:
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