Na última quinta-feira(13), há 133 anos da abolição da escravidão, os metroviários de São Paulo se incorporaram à mobilização por justiça as vítimas do massacre de Jacarezinho.
O Movimento Nossa Classe defendeu na ultima assembleia dos metroviários, que estão mobilizados se preparando uma greve em meio a um conflito duro, que a categoria participasse em bloco nesse ato usando seus coletes de campanha porque consideramos que a unidade entre o movimento operário e o povo negro é um aspecto estratégico para responder às questões da opressão e racismo assim como fortalecer a luta dos trabalhadores que lutam contra os mesmos inimigos de classe. Esse chamado, apresentando a proposta na assembleia e buscando unidade com o sindicato, é um símbolo dessa nossa batalha estratégica para unificar as lutas operárias em curso com a luta negra.
É fundamental que categorias organizadas, com peso estratégico no funcionamento da economia como os metroviários de São Paulo, se somem a essas lutas demonstrando, em atitudes e não só em palavras, a unidade necessária para fortalecer a luta contra o racismo e a violência policial que são o outro lado da moeda dos ataques aos direitos dos trabalhadores e às privatizações que tem como objetivo arrancar dos trabalhadores e do povo pobre para dar aos capitalistas. Essa aliança é ainda mais crucial no Brasil onde 54% (PNAD 2019) da população é negra e são os que mais sofrem com a pandemia, desemprego, precarização do trabalho, fome e a violência estatal.
Essa aliança é estratégica no sentido de fortalecer a luta de todos os trabalhadores e oprimidos para combater governos como de Bolsonaro e Mourão e Cláudio Castro (PSC) no Rio de Janeiro que são promotores e entusiastas de chacinas como a que aconteceu na última quinta (06) no Jacarezinho, e também Doria, que se elegeu com o discurso da mão dura da repressão policial, e agora está tentando implementar um forte ataque contra os metroviários.
