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Violência de Estado
Bolsonaristas dizem proteger a família, mas destroem famílias como a de Kathlen
Gabriela Mueller
Estudante UFRGS

O brutal assassinato da jovem trabalhadora Kathlen provocou ódio e tristeza em todos os cantos do país. A polícia assassina interrompeu os sonhos de uma jovem que tinha toda a vida pela frente, colocando também fim na sua gestação. O governo de Claudio Castro e o governo Bolsonaro, apesar de terem um discurso de proteção da família, na verdade, a única família que protegem é a deles próprios, pois destroem todos os dias famílias negras e de trabalhadores.

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Foto: Metropoles

Kathleen entrou para uma revoltante estatística: desde 2017, 15 grávidas foram baleadas na Grande Rio de Janeiro e 8 delas morreram, sendo 4 em operações policiais. Esses dados provam que o discurso que a extrema direita bolsonarista usa de proteção à família, não passa de pura demagogia, pois, na verdade, a política desse Estado ou joga centenas de mulheres negras à morte por abortos clandestinos ou as assassina com seus filhos no ventre.

Kathlen é mais uma vida negra ceifada pela polícia, Castro e Bolsonaro são responsáveis

O discurso bolsonarista, hipocritamente, elegeu-se com o mote da “defesa da família”; no entanto, são esses mesmos bolsonaristas que agridem e matam crianças, como o doutor Jairinho que matou uma criança na porrada, ou diretamente o braço armado do estado que mata filhos e filhas das mãe negras nas periferias como mataram Ágatha, Marcos Vinícius e como mataram, dentro de sua casa, João Pedro. São 2.215 vidas de crianças e adolescentes tiradas pela polícia de 2017 a 2019. Além de matarem os filhos das mulheres negras, tiram as vidas dessas mães quando ainda estão grávidas, com o Estado matando 8 mulheres grávidas desde 2017 pelas balas da polícia, além das que morrem todos os anos por abortos clandestinos, que vitimam principalmente as mulheres negras e pobres. Ou seja, o discurso de defesa da família é somente para os bolsonaristas, que protegem os seus próprios interesses, enquanto as famílias trabalhadoras estão sujeitas à morte pela Covid, pelas balas da polícia, pelo desemprego e pela fome.

Se não é pelas balas da polícia, os capitalistas também arrancam a vida dos filhos da nossa classe, quando não podem cuidar por um minuto sequer de uma criança que depois cai do nono andar, como o menino Miguel, que foi largado à morte pela patroa da mãe do menino.

Esse é o destino que o capitalismo reserva para as mulheres negras e, por isso, na luta por um mundo novo, aliada a todas as trabalhadoras e trabalhadores, essas mulheres não têm nada a perder a não ser seus grilhões. É preciso colocar um fim nessa máquina de mortes e exploração que é o capitalismo e o seu braço armado que é a polícia, derrubando Bolsonaro, Mourão, os militares e todo esse regime golpista, racista e machista, transformando o luto, o ódio e a tristeza em luta. Somente assim é possível abrir caminho para uma vida que valha a pena ser vivida, em que as mulheres tenham livre escolha sobre seus corpos, tenham o direito ao aborto livre, seguro e gratuito e que nenhuma vida mais acabe pelas balas da polícia.

Leia a declaração do Quilombo Vermelho e Pão e Rosas: Basta de mortes e operações policiais nas favelas! Justiça por Kathlen!

 
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