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Privatização na USP
Reitoria da USP faz publicidade para empresas em troca de 9 vagas de moradia privadas
Redação

Enquanto o CRUSP se encontra sem internet, com condições precárias e sendo invadido pela PM, o que levou ao suicídio de 3 estudantes recentemente, a Reitoria da USP realiza um acordo com duas empresas privadas de moradia para oferecer apenas 9 vagas de moradia.

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(O atual reitor da USP, Vahan Agopyan, e o vice-reitor, Antônio Carlos Hernandes)

Os acordos foram firmado com as empresas Uliving Brasil e Share Studente Living. Serão oferecidas um total de 9 vagas de moradia, por até 5 anos, sem custo para os moradores. Só poderão ser contemplados estudantes que passem na Fuvest e que tenham participado da Competição USP de Conhecimentos (CUCo). Além disso, a renovação do contrato de moradia depende do desempenho acadêmico do estudante, ou seja, se suas notas caírem ele pode ficar sem ter onde morar.

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O acordo foi noticiado com bastante alarde no Jornal do Campus, órgão oficial da USP. Dessa maneira, as duas empresas receberam ampla publicidade gratuita por parte da Reitoria. Dessa maneira, se configura muito mais como uma propaganda das empresas e um "prêmio" do CUCo do que uma política de permanência.

A intenção da Reitoria é seguir com a privatização da universidade, em detrimento de garantir, de fato, uma política de moradia de qualidade, no CRUSP e nas outras moradias estudantis. Isso fica claro na fala do Vice-Reitor Antônio Carlos Hernandes, que afirmou que "A divulgação da parceria no Jornal da USP tem dois objetivos: incentivar os estudantes a participarem da CUCo e incentivar outras empresas a fazerem doações à Universidade”.

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Hernandes não enviou cópias do acordo, que haviam sido pedidos pelo Informativo Adusp, órgão da organização sindical dos docentes da universidade.

É importante lembrar, também, que recentemente a Reitoria colocou R$ 340 milhões em um fundo de contingência, ao invés de direcionar para investimentos fundamentais para a permanência estudantil.

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