O presidente, no "cercadinho do gado" do Palácio da Alvorada em Brasília, disse que “hackers foram contratados” para desviar 12 milhões de votos seus nas eleições presideciais em 2018. “Repito que não tenho provas. Os hackers fizeram seu trabalho, mas não foi suficiente para o outro lado ganhar", disse Bolsonaro.
“Esse cara [o hacker] ficou oito meses lá dentro [do TSE]. Foram contratados por quem tinha interesse nas eleições e teriam que desviar 12 milhões de votos meus”, disse o presidente.
Segundo ele, “o hacker fez seu trabalho. Só que quando a eleição acabou, não foi suficiente pro outro lado ganhar. O lado que recebe dinheiro do narcotráfico, do Fórum de São Paulo, de corrupção bilionária, de dinheiro de fora do Brasil”.
“Como o outro lado não ganhou, eles resolveram não pagar os hackers. E a partir do momento que não pagaram os hackers, eles decidiram denunciar”.
Após a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) do voto impresso ter sido rejeitada na Câmara dos Deputados, o presidente disse que o alto número de votos “sim” mostrou que a “lisura” do processo não é confiável. Bolsonaro disse que o voto eletrônico é bom para PT, PCdoB, PSOL. “Os números [da votação da PEC] foram divididos. É sinal que metade não acredita 100% na lisura dos trabalhos do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), não acreditam que o resultado final seja confiável”, afirmou.
O presidente afirma que o alto número de deputados que não compareceram para votar expressa que esses parlamentares ficaram com medo de “retaliações”, e quem votou contra a PEC foi por conta do presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso. “Os que se abstiveram numa votação online ficaram preocupados com retaliações”.