1. Ganhar a solidariedade e o apoio da população:
Pouco se fala na mídia sobre a greve dos trabalhadores da MRV. Isso ocorre porque não querem dar destaque e fortalecer essa luta. A grande mídia não quer que a população saiba que aqueles que constroem moradias, prédios e condomínios não têm direitos mínimos. Não quer que saibam que a MRV foi acusada de ter trabalhadores em situação análoga à escravidão. Por isso, o Esquerda Diário divulga essa luta e está disposto a contribuir de todas as formas para que seja vitoriosa. Viemos chamando todos os estudantes e trabalhadores da Unicamp, professores da rede pública, a esquerda e movimentos sociais e demais jovens e trabalhadores a apoiar os que lutam por melhores condições de trabalho, epis e contra uma empresa que lucra milhões, enquanto o povo pobre e trabalhador não tem direito à moradia digna. Só com o lucro líquido da MRV em 2018 seria possível construir 16 mil casas populares, enquanto dezenas morrem de frio nas ruas. É preciso batalhar pelo apoio da população!
2. Unidade dos trabalhadores:
Rubens Menin, dono da MRV, acumula uma fortuna de 6,4 bilhões e se nega a pagar a PLR reivindicada pelos trabalhadores. Menin também se alia aos governos, como Bolsonaro, para garantir seus negócios e apoiar reformas e ataques aos trabalhadores de todo país. Os poderosos se unificam para nos atacar, enquanto tentam nos dividir entre efetivos e terceirizados. Por isso, nós também devemos nos unificar para lutar pelos nossos direitos e chamar todos os sindicatos de Campinas, da região e do país e as centrais sindicais, movimento negro, de mulheres e lgbts, a também se solidarizar e apoiar essa greve. Nenhuma luta pode ficar isolada: uma só classe, uma só luta. Só a unidade da nossa classe pode vencer os patrões e os governos!
3. Nenhuma confiança na justiça, nos patrões e nos governos:
É preciso apostar no caminho da mobilização. A greve da MRV é um exemplo nacional para os trabalhadores de todo o país de como tomar em suas mãos os métodos de luta históricos da classe trabalhadora, se organizando para conquistar seus direitos desde os canteiros com assembleias, piquetes e greves. Essa força pode conquistar melhores condições de trabalho, uma PLR incorporada ao salário para ampliar os direitos e EPIs e inspirados por esse exemplo, precisamos fortalecer as mobilizações nos locais de trabalho e estudo para lutar contra cada retirada de direito Brasil afora, contra as reformas e ataques, mas também para enfrentar Bolsonaro, Mourão e ainda o Judiciário e o Congresso, que agora aprova a privatização dos Correios e arranca tanto dos nossos direitos. Por isso, não podemos ter nenhuma confiança nesses que nos atacam ou mesmo ficar na dependência do Judiciário que muitas vezes já mostrou que é contra os trabalhadores e que manteve o lutador Galo preso injustamente em São Paulo. Precisamos confiar somente nas nossas próprias forças e que cada mobilização seja ponto de apoio para batalhar nacionalmente para levantar uma greve geral que possa derrubar Bolsonaro, Mourão e os ataques contra a nossa classe. E, assim fazer com que sejam os capitalistas e os grandes empresários que paguem pela crise, e não o povo pobre e trabalhador!
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