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Haiti
Haiti está em greve, contra diversas mazelas socioeconômicas e políticas que assolam o país
Redação

Grevistas protestam contra a violência e o elevado número de sequestros, contra falta de combustível, contra o preço dos alimentos mais básicos e contra a forte crise política no país, no marco de vários escândalos de corrupção, ao mesmo tempo em que o país é historicamente assolado por catástrofes naturais e pela miséria extrema, fruto da brutalidade do imperalismo ianque e internacional contra o país, à serviço dos lucros dos capitalistas.

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Um manifestante tira uma selfie em uma barricada em chamas armada por manifestantes em Porto Príncipe, Haiti, em 18 de outubro de 2021. (Imagem: AFP)

O Haiti está em processo de greve por período indeterminado, sendo desencadeada pelo ambiente de violência que levou ao aumento dos números de sequestros e assassinatos nos últimos meses, enquanto o governo interino luta sem resultados com o vasto controle de gangues armadas nos bairros pobres da capital, Porto Príncipe.

O setor de transportes convocou uma greve para denunciar a situação no país, reforçada desde a posse do ex-presidente Jovenel Moïse, assassinado em julho.

Os motoristas são vítimas frequentes dessa situação violenta no país, com muitos perdendo a vida tentando atravessar Martissant, na saída sul de Porto Príncipe, enquanto outros ficaram feridos e outros tiveram seus veículos despojados nos assaltos à mão armada ou sequestrados.

Em greve, as bases de transporte da capital, os chamados táxis "tap tap" e pequenas vans não estão transportando passageiros, e os os mercados e pequenos negócios permanecem fechados, embora o comércio informal funcionasse em menor escala em algumas áreas da capital.

Regiões como Pelerin, no sudeste de Porto Príncipe, um bairro rico onde ficava a residência presidencial antes do assassinato, os moradores bloquearam a estrada de Kentscoff e jogaram pedras na estrada para impedir o movimento de veículos e motocicletas.

Neste fim de semana, o sequestro de 17 missionários, incluindo cinco crianças, foi notícia na área de Croix de Buquets, controlada pela gangue de 400 Mawozo; cerca de 16 americanos e um canadense compõem o grupo que saía do orfanato.

Desde segunda-feira a capital, Porto Príncipe, deteve todas as atividades, entrando em uma greve que protesta não só contra a violência e o elevado número de sequestros, mas também contra falta de combustível, contra o preço dos alimentos mais básicos e contra a forte crise política no país desde o assassinato do presidente Jovenel Moïse, no marco de vários escândalos de corrupção, ao mesmo tempo em que o país é historicamente assolado por catástrofes naturais e pela miséria extrema, fruto da brutalidade do imperalismo ianque e internacional contra o país, à serviço dos lucros dos capitalistas. Também, a empresa de telecomunicações Digicel subiu suas tarifas, o que aumentou o enfurecer da população.

Entenda mais a situação do Haiti:

O imperialismo e o Haiti, 230 anos após a Revolução

O assassinato do presidente Moïse e a crise no Haiti

Ao longo da sua história, o Haiti vem sofrendo com altos índices de pobreza e uma série de mazelas que apenas demonstram mais uma vez como o capitalismo não deu certo, pois toda essa situação que o país vive é fruto do sistema capitalista e dos governos burgueses corruptos que governam o país, totalmente capachos do imperialismo norte-americano, sendo um sistema que não tem interesse em usar as forças produtivas para realizar uma melhora substancial da classe trabalhadora e do povo pobre haitiano, mesmo já havendo condições para isso.

No ano passado, o povo haitiano protagonizou uma forte luta contra o então presidente Jovenel Moise, se enfrentando contra a repressão nas ruas. E esse ano comemoramos 230 anos da revolução do Haiti, uma heroica luta pela liberdade e contra o sistema escravista, legado revolucionário que esperamos que a classe trabalhadora e o povo pobre haitiano retome em suas mãos, para não permitir que o descaso dos governos e suas políticas que apenas visam o enriquecimento de uma casta política parasitária e o imperialismo, assassine os nossos irmãos haitianos. Todo apoio a greve no Haiti! Que esse exemplo de luta também seja tomado pela classe trabalhadora no Brasil, para derrotar Bolsonaro, Mourão, militares e todo o regime golpista e reacionário!

Pode te interessar: Os Jacobinos Negros e a luta pela liberdade, há 230 anos da Revolução do Haiti

 
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