O segundo episódio do podcast Espectro do Comunismo debate o papel que o stalinismo cumpriu em processos revolucionários que surgiram durante a Segunda Guerra Mundial, as revoluções políticas que ocorreram em países como na Hungria e na Polônia, onde trabalhadores se organizavam para conquistar os mesmos direitos garantidos pela Revolução Russa em 1917. O podcast é iniciativa do Esquerda Diário e do Movimento Revolucionário de Trabalhadores - MRT, que constrói a Fração Trotskista.
No episódio inaugural, lançado em homenagem aos 104 anos da Revolução Russa, com o nome de “Stálin, coveiro de revoluções”, debatemos o que levou à burocratização da URSS, às derrotas dos processos revolucionários dos anos 20 e 30, a ascensão do nazismo e demos outra visão do balanço da Segunda Guerra Mundial. Discutimos como Stálin e a burocracia vinculada a ele foram organizadores de derrotas e quais foram as batalhas de Trótski e dos trotskistas para que levassem ao triunfo revolucionário da classe trabalhadora.
Nesta semana foi lançado o segundo episódio do podcast Espectro do Comunismo, onde debatemos o pós-Segunda Guerra Mundial, que assim como a Primeira Guerra, foi parteira de revoluções, como provou o ascenso revolucionário que durou de 1943 a 1949 com vitórias, apesar do stalinismo, em países da periferia do capitalismo como na Iugoslávia, China e Indochina, mas que, com papel nefasto de Stálin e do stalinismo, levou derrotas em países mais centrais do capitalismo como na França, Itália, Grécia, além de estrangular revoluções políticas como na Polônia, Hungria, entre outros. Explicamos o papel da dissolução da III Internacional já em 1943 a mando do próprio Stálin, que abandonou a perspectiva do internacionalismo intrínseca ao Marxismo Revolucionário, vendo o mundo como disputa de grandes potências e que no caso da URSS seu objetivo era defender-se da invasão armada e não a expansão da revolução internacional através da luta de classes internacional do proletariado. Essa perspectiva é cristalizada nos pactos firmados em Yalta e Potsdam, onde Stálin se comprometeu a não promover revoluções nos países centrais e a trabalhar para frustrar quaisquer tentativas.
Este episódio teve a participação de Edison Urbano, bancário da Caixa e doutorando em Economia Política Mundial pela UFABC, Simone Ishibashi, militante do MRT e doutora em Economia Política Internacional pela UFRJ, André Barbieri, doutorando em Ciências Sociais pela UFRN, e Marcelo Tupinambá, do Conselho Editorial do Esquerda Diário.
*Discurso de Luís Carlos Prestes (1945) transcrito na íntegra no livro O Partidão - a Luta por um Partido de Massas 1922-1974, de Moisés Vinhas, Ed. Hucitec, 1982.