Trabalhadores terceirizados da rede pública de saúde no Distrito Federal, após um dia de paralisação da categoria, arrancaram o pagamento dos salários atrasados desde outubro, mostrando a força e disposição de luta da categoria contra a patronal, como também foi em sua greve no mês de setembro.
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As trabalhadoras e trabalhadores terceirizados da rede pública de saúde do DF realizam paralisação na data de hoje, 12, impondo à Empresa BRA Serviços, contratada do GDF, a pagar os salários atrasados da categoria desde outubro. Esse absurdo estava ocorrendo nos serviços de limpeza e conservação de hospitais públicos, Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e postos de saúde de várias cidades do Distrito Federal (DF).
Há anos a Secretaria de Saúde do DF não realiza edital de licitação, preferindo manter contratos de prestação dos serviços via apresentação de nota fiscal, após os serviços realizados. Isso gera apenas insegurança e constantes atrasos salariais, beneficiando a patronal e deixando as trabalhadoras e trabalhadores com risco de passar fome junto com suas famílias, mesmo sendo linha de frente durante toda a pandemia, com o desemprego e a inflação altíssima. Mais uma prova de que o GDF de Ibaneis se importa mais com os lucros dos patrões do que com a vida e o salário das e dos trabalhadores que arriscam a vida para que o povo tenha saúde digna.
Essa paralisação é uma grande demonstração de força e disposição de luta da categoria, a mesma que realizou uma forte greve com 800 trabalhadores parados no mês de setembro também contra o atraso de salários. Nessa ocasião, o Coletivo Faísca junto com estudantes do Serviço Social da UnB impulsionou uma campanha de fotos em apoio à exemplar luta da categoria.
Os recorrentes atrasos de salários, a precarização do trabalho, a fome e o desemprego são a realidade de uma esmagadora maioria da classe trabalhadora e do povo pobre brasileiro, fruto dos ataques de Bolsonaro, dos militares e de todo o conjunto desse regime político podre, como o multimilionário Ibaneis. Nesse sentido, a greve dos terceirizados mostra o caminho, de que para derrotar os ataques é preciso lutar! Está na hora das centrais sindicais unificarem a luta dos vigilantes em greve desde quarta e das povos indígenas no acampamento Levante pela Democracia e organizarem um plano de lutas nacionais contra Bolsonaro, Mourão e todos os ataques, levantando, inclusive, demandas necessárias como a efetivação de todos os terceirizados sem, necessidade de concurso público, bem como a repartição das horas e postos de trabalho entre empregados e desempregados, com reajuste salarial de acordo com a inflação.
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