Imagem: Prefeitura de Pedra Branca do Amapari/Reprodução
Amostras de água foram coletadas para a realização de exames. O primeiro deles, contratado pela Polícia Técnico Científica (Politec) do Amapá, deu resultado negativo para cianeto.
O composto químico é utilizado por garimpeiros legais e ilegais e também por mineradoras que atuam na região. A substância pode causar a morte e é usada na exploração de ouro.
Apesar do resultado negativo, a prefeitura de Pedra Branca optou por manter o fornecimento de água suspenso, já que o laudo do laboratório contratado pela Politec não era conclusivo.
Um novo laudo deve ficar pronto nesta terça-feira (7). O exame foi encomendado ao Instituto Evandro Chagas, órgão vinculado ao Ministério da Saúde e situado em Belém (PA). Por orientação do Ministério Público Estadual (MP), a Prefeitura também encomendou um terceiro laudo para um laboratório externo. Este último será realizado em Minas Gerais e tem prazo de 15 dias para ficar pronto.
Desde o início da contaminação, três caminhões-pipa fazem distribuição de água pela cidade. Mas nem assim a população se sente segura, pois há desconfiança sobre a procedência da carga do veículo.
Na área mais afetada pela contaminação os ribeirinhos não podem mais pescar. E os peixes são a base da alimentação. Com a proibição da pesca, os pescadores estão recebendo cestas básicas.
Um ribeirinho da Comunidade do Xivete, nas margens do Rio Amapari, relatou na última sexta-feira (3) à uma equipe da Prefeitura que quase se contaminou com a água. Orias Ferreira da Silva, de 72 anos, estava tratando de peixes e já havia dado parte do pescado aos patos. Pouco depois, as aves começaram a morrer.
"Estava tratando dos peixes para cozinhar, os menores dei para minha criação de patos. Não estava sabendo de nada", disse Silva.
A expectativa é de que a causa do problema seja conhecida nesta terça-feira, com o resultado do exame laboratorial feito pelo Instituto Evandro Chagas.
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