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Para polícia racista, até o ator Michael B. Jordan é suspeito de chacina no Ceará
Jeff Carmichael

Sistema de reconhecimento facial de uma delegacia do Ceará mostra foto do ator norte americano Michael B. Jordan como suspeito de chacina que deixou feridos e oito mortos na noite de natal.

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Foto: Reprodução

Esse sistema mostra bem o caráter racista que têm as polícias. É constante os casos de jovens negros presos injustamente por terem suas fotos nas delegacias apenas por serem negros.

A imagem do ator negro foi colocada para um reconhecimento de suspeitos de cometerem a chacina em Sapiranga, bairro do estado de Fortaleza, na noite de natal. Se o ator norte-americano que teve participação em filmes como "Creed" e "Pantera Negra" teve sua sua inocência ridiculamente contestada pelo simples fato de ser negro, imaginem o jovem negro e pobre morador de periferia.

Se amontoam casos de jovens como Jefferson Pereira da Silva que foi preso depois depois de um suposto reconhecimento feito em uma foto de 10 anos atrás.

O racismo estrutural se expressa de varias formas e essa é uma das formas mais extremadas, assim como na enorme taxa de assassinados pela polícia Brasil afora, que tem os jovens negros e periféricos como seus alvos.

Os números mostram que a cada 10 mortos pela polícia no Brasil 8 são negros. É preciso lutar para acabar com esse genocídio da juventude negra, lutando contra os governos que legitimam essa realidade, e com zero confiança nas instituições como o STF, que demagogicamente proibiu as operações policiais em favelas durante a pandemia, o que não impediu a maior chacina do Rio de Janeiro na favela do Jacarezinho, que não coincidentemente, é o bairro mais negro da cidade, deixando quase 30 mortos.

Também no RJ ocorreram os casos dos 5 jovens de Costa Barros que receberam mais de 100 tiros no carro em que estavam indo comemorar o primeiro salário de um dos deles e do músico Evaldo Rosa, que teve o carro fuzilado com mais de 80 tiros, enquanto ia a um chá de bebê com a família.

Não importa a cidade, o estado ou o país, as forças repressivas cumprem sempre o mesmo papel racista, defensor da propriedade privada e controlador a serviço do capitalismo.

 
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