Imagem: Reprodução/Redes Sociais
O "filósofo" e astrólogo se tornou ícone entre os conservadores por meio de cursos online e venda de livros, com um forte discurso reacionário e anticomunista. Suas declarações sempre foram marcadas por um discurso agressivo e grosseiro, recheado de palavrões e expressões chulas.
Sendo de início aliado e ideólogo do governo Bolsonaro, o guru fez críticas ao presidente, mas no geral sempre fechou os olhos para os absurdos de Bolsonaro, como no caso das rachadinhas (desvio de salários de funcionários fantasmas nos antigos gabinetes legislativos de Bolsonaro e seus filhos Flávio e Carlos).
"Você pode chamá-lo de burro, de mau administrador, mas de ladrão você não vai conseguir", disse Olavo em 2020.
Ao ser questionado sobre o suposto esquema capitaneado por Fabrício Queiroz, ex-chefe de gabinete de Flávio Bolsonaro, minimizou o escândalo dizendo que "casos pequenininhos de corrupção podem acontecer em qualquer governo".
Também mostrou total alinhamento com as posturas de Bolsonaro na pandemia de covid-19, criticando medidas de isolamento social e uso de máscara. Ele também defendeu remédios sem eficácia comprovada em pesquisas científicas.
Olavo tem um histórico recheado de ataques racistas, machistas e homofóbicos, como por exemplo em um de seus livros, onde ele "exaltou" artistas negros brasileiros que "entendiam que suas remotas origens africanas tinham sido neutralizadas pela absorção na cultura ocidental" e que não ficavam "choramingando coletivamente as saudades de culturas tribais extintas".
Em outro episódio nojento, defendeu que o então deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) fizesse um exame "para verificar se sua saliva não transmite o vírus da Aids", após o parlamentar tentar cuspir em Bolsonaro na votação do impeachment.
O governo Bolsonaro ainda abriga olavistas, como o secretário de Alfabetização do Ministério da Educação, Carlos Nadalim, e o Assessor Especial para Assuntos Internacionais da presidência, Filipe Martins. Mas, o grupo acabou perdendo espaço para setores mais pragmáticos, com a entrada de integrantes do Centrão na gestão Bolsonaro.
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