As enchentes que ocorreram no início deste ano, trouxeram à tona esses rejeitos que estavam sedimentados no leito do Rio Paraopeba, desde o crime da Vale em 2019.
Thiago, morador da colônia Santa Izabel, em Betim, denunciou em entrevista ao Esquerda Diário, como os crimes da Vale afetaram a população ribeirinha no início deste ano:
"A lama que ficou no leito do Rio Paraopeba saiu agora nessas enchentes de 2022 depositando dentro das casas ao longo do rio... A vale precisa pagar por esse novo crime, ela precisa ser responsabilizada porque é a continuação de um crime que começou em 2019 e cada dia mais trás mais consequências e prejuízos para a população ribeirinha do rio Paraopeba como um todo."
Com o mar de lama tóxica que atingiu as casas da Colônia Santa Isabel em Betim, os moradores que tiveram contato com os rejeitos relataram sintomas como diarreia, dor de cabeça, coceira e feridas no corpo.
Leia também: 3 anos do crime da Vale em Brumadinho: que as mineradoras paguem por toda destruição em MG
A Vale continua praticando crimes e espalhando medo por Minas Gerais, com apoio do governador Romeu Zema e do judiciário, que também são culpados pela impunidade e pelas ações criminosas da Vale.
No ato dos 3 anos do crime da Vale, Claúdia Saraiva, moradora da região que luta por justiça contra a Vale, relatou:
"Não existe reparação pelo crime da vale. A vale está sendo acobertada pelas nossas instituições de justiça e também pelo governador. Pra ele é lucrativo dar pra vale assistência porque quem mais lucrou com esse crime foi o governador e a vale."
Pode te interessar: A natureza do capitalismo é capitalizar a natureza: uma análise da mineração predatória em Minas Gerais
|