No país do Bolsonaro, da extrema direita e das instituições que precarizam a vida dos trabalhadores, a medida avança no higienismo que é sentido nas ruas e centro da cidade, em que é comum presenciarmos remoção e repressão dessas pessoas. Essa maquiagem da prefeitura quer apagar da vista a miséria, que é responsabilidade dos governos e patrões.

Dário, do Republicanos, aliado da especulação imobiliária e dos grandes empresários, não somente não garante o direito à moradia e combate sério à fome, como agora quer punir iniciativas de solidariedade que a própria população possa ter. Essa é a mesma prefeitura que ataca os direitos dos trabalhadores, com reformas, como a da Previdência municipal.

O último levantamento de pessoas em situação de rua em Campinas foi realizado antes ainda antes da pandemia, e já apresentava um aumento de 13,4% de 2019 para 2020. Na cidade de São Paulo, onde há dados comparando os números do começo da pandemia até o final de 2021, o aumento da população em situação de rua é de mais de 30%.

Os sindicatos e movimentos sociais precisam não somente repudiar essa medida, como mostrar que a saída para a fome e a moradia não virá desses governos. É preciso enfrentar o agronegócio, avançando para uma reforma agrária radical que garanta o controle dos trabalhadores rurais sobre os alimentos que produzimos, e também avançar contra os que lucram com prédios e terrenos, inclusive vazios, com um plano de obras públicas para enfrentar o desemprego e o problema da moradia, avançando para uma reforma urbana radical, onde as cidades não sejam projetadas para atender os interesses capitalistas, em detrimento da maioria da população.

Chamamos todos ao ato no dia 7, em repúdio a essa medida, às 14 horas em frente à prefeitura de Campinas.