No dia de hoje, sua família organizou um protesto na cidade para reivindicar justiça por Gustavo. O Esquerda Diário entrevistou sua irmã, Yandra Marques, que desmentiu a versão racista da polícia, que alega que o jovem tinha passagem pela polícia e portava uma arma.

Gustavo estava na garupa de uma moto, quando recebeu um tiro no peito. A versão dos racistas da PMDF disse que duas motos furaram um bloqueio policial montado na quadra 609 de Samambaia e que supostamente o garoto portava uma arma. Mas esse argumento é desmentido tanto pelas filmagens, como por testemunhas do local.

A polícia na tentativa de colocar mais um jovem negro como bandido, inventou essa história. A verdade é que ele é mais uma vítima da polícia que assassina a juventude negra nas periferias do DF e entorno, a mando do governador Ibaneis Rocha. Casos como esse acontecem diariamente no Brasil, não são isolados e sim fruto da lógica racista da polícia que serve somente para proteger a propriedade privada capitalista.

A morte de Moïse, Gustavo, João Paulo, Ágatha e tantos outros é também responsabilidade do Estado; a polícia assassina aterroriza a população negra e periférica com aval da impunidade da justiça, e está à serviço da política higienista do governador multimilionário Ibaneis Rocha, e do governo Bolsonaro e Mourão, racistas confessos. Somente a mobilização dos trabalhadores, em unidade com o movimento negro, de mulheres, e todos os oprimidos, pode arrancar justiça para Gustavo e todos os mortos pelo racismo estrutural.