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Ataque as cotas
Kim Kataguiri (MBL) cria Projeto de Lei para acabar com as cotas raciais nas universidades
Redação

O deputado do DEM e militante do grupo de de direita MBL, encaminhou para a Câmara dos deputados projeto que quer alterar a lei de cotas retirando o direito para autodeclarados negro, pardos e indígenas, dificultando ainda mais a entrada de jovens negros nas universidades públicas.

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Na imagem Kim Kataguiri (a direita) junto com Monark (a esquerda) após o episódio polêmico do Flow onde Kataguiri diz ser contra a criminalização do nazismo.

Em mais uma tentativa crápula dos liberais do MBL em atacar o direito de negros, indígenas e pobres. O deputado Kim Kataguiri (DEM-SP), enviou na última semana para a Câmara dos deputados o Projeto de Lei 4125/21 que estabelece que as cotas para ingresso nas universidades públicas federais serão destinadas exclusivamente aos estudantes de baixa renda.

A proposta altera a Lei de Cotas de Ingresso nas Universidades (Lei 12.711/12) onde revoga os artigos da lei que hoje reservam vagas para autodeclarados pretos, pardos e indígenas e pessoas com deficiência nas instituições federais de ensino superior e de ensino técnico de nível médio. O texto também determina que apenas o Ministério da Educação -e não mais a extinta Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial - será responsável pelo acompanhamento e avaliação do programa de cotas.

Segundo o deputado que faz parte do grupo MBL, Kataguiri afirma que a política de3 cotas raciais ferem a Constituição, ao classificar pessoas com base em raça ou cor. “Além de inconstitucionais, as políticas de discriminação positiva não fazem o menor sentido. Quem é excluído da educação é o pobre, que entra cedo no mercado de trabalho e depende dos serviços educacionais do Estado, que em geral são de péssima qualidade. A pobreza não tem cor: atinge negro e brancos”, afirma o deputado.

O discurso de Kim Kataguiri é totalmente demagógico e absurdo. Afirmar que as cotas raciais impede que os pobres entrem na universidade é totalmente absurdo. Já que a maior parte da classe trabalhadora e população pobre do país é negra, as cotas raciais garante com que mais trabalhadores e pobres possam entrar na universidade. Na prática a proposta iria diminuir o número de vagas e não aumentá-la, já que frente a todos os cortes e ataques que o governo Bolsonaro está descarregando em cima das universidades, quem vem sofrendo mais com isso são os cotistas, onde em muitas universidades dezenas e centenas são expulsos por anos de forma autoritária e arbitrária.

As cotas raciais não são o suficiente para garantir com que trabalhadores, negros, pobres e indígenas consigam entrar na universidade, já que existe o vestibular e o Enem, que são dois verdadeiros filtros sociais para excluir esses setores da universidades públicas e impedem o direito de estudar. Mas precisamos defender esse direito que foi conquistado pela luta do movimento estudantil e movimento negro. É preciso rechaçar e luta contra esse projeto asqueroso do MBL, assim como todos os projetos do regime golpista que vai precarizar ainda mais a educação no Brasil.

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