Depois da Comissão de Ética da ALESP ter aprovado a cassação do mandato, ele seguirá agora para votação em Plenário em forma de projeto de lei. A perda de mandato ocorrerá se a maioria dos 94 deputados estaduais, ou seja, pelo menos 48, votarem a favor do projeto. A cassação também impede que Arthur se candidate a cargo público nos próximos oito anos.
Votado no Conselho em regime de urgência, a quebra de decoro parlamentar foi sustentada pelo relator, deputado Olim, com base em três denúncias: captação irregular de recursos para uma entidade civil; confecção de coquetéis molotov e o envio de áudios depreciativos às mulheres ucranianas.
O MBL, movimento direitista e golpista do qual Do Val faz parte, compareceu à Alesp durante a votação. Com cartazes, gritaram na porta do local da reunião "Não à cassação".
As gravações de um grupo de amigos no WhatsApp foram divulgadas no início de março de 2022, quando Arthur do Val estava na Ucrânia representando o MBL (clique aqui para ver esta matéria). Nos áudios machistas, o parlamentar compara a fila de refugiadas à entrada de uma balada, e chega a pronunciar a fala nojenta de que as ucranianas "são fáceis porque são pobres", além de incitar a prática de turismo sexual afirmando que voltará ao país após a guerra.
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