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Economia
Agosto bate recorde e 79% das famílias do país estão endividadas
Diego Nunes

De acordo com a CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) a um ano atrás esse número era de 72,9%. A principal causa é o uso de crédito para os gastos diários, principalmente com alimentação. O número de inadimplentes também bateu recorde e chegou a 29,6% ante a 25% em agosto de 2021.

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Foto: Fernando Frazão\Agência Brasil

Especialistas afirmam que o alto endividamento pode comprometer o consumo e chegar a um colapso em 2023 com a taxa de juros ainda próxima a dois dígitos. Num ciclo de emprego e renda, o preocupante no cenário atual é o arrocho salarial e os salários cada vez mais baixos diante da tímida geração de emprego em 2022. De acordo com a Pnad contínua ainda existem 10,1 milhões de desempregados no país. Muitas famílias estão recorrendo aos carnês e cartões das próprias lojas varejistas para poderem se alimentar e se vestir.

As pessoas estão se endividando cada vez mais, não para adquirir bens de consumo como automóveis e eletrodomésticos, mas para alimentarem suas famílias. A fome e insegurança alimentar atingem 33,1 milhões de pessoas e 25% da população brasileira vive abaixo da linha da pobreza, de acordo com dados do IBGE. Uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas revelou também que 27,6 milhões de pessoas no Brasil vivem em uma situação de extrema pobreza.

Para além de institutos de pesquisas, basta sair às ruas nas grandes cidades para constatar com os próprios olhos a quantidade de pessoas morando na rua e pedindo nas sinaleiras. Concretamente esse é o regime do golpe aplicado que, com a reforma trabalhista, precarizou o trabalho, levou muitos desempregados a serem escravos digitais nas plataformas de entrega ou transportes como a uber e, combinado com a desastrosa gestão negacionista da pandemia pelo governo Bolsonaro elevou o preço dos alimentos nas alturas. Bolsonaro praticamente zerou o orçamento do Alimenta Brasil, que ajudava na compra de alimento da agricultura familiar para compra de alimento para pessoas em insegurança alimentar e nutricional. Bolsonaro, os militares, assim como o Congresso e o STF, atuam defendendo os interesses dos latifundiários e capitalistas que em seus sistema perverso que garantir e privilegia a desigualdade social

É preciso atacar os lucros recordes do agronegócio e das multinacionais alimentícias, promovendo uma reforma agrária radical com a expropriação dos latifúndios e nacionalização das terras brasileiras, assim como a estatização das principais multinacionais alimentícias sob controle operário. Essas são algumas das ideias que os candidatos do MRT estão defendendo nessas eleições pelo Polo Socialista e Revolucionário, para derrotar a extrema-direita na luta de classes, sem patrões e a direita, mas na luta de classes.

 
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