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Economia
Pablito: "É urgente a redução da jornada de trabalho a 30 horas e a revogação das reformas"
Redação

Os trabalhadores, os setores oprimidos e o povo pobre amargam uma profunda carestia de vida no Brasil, inflação, fome e desemprego. Confira o que Marcello Pablito, trabalhador da USP e candidato a deputado federal pelo MRT, fala sobre uma saída dos trabalhadores para essa crise econômica que os capitalistas descarregam em nossas costas.

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Os trabalhadores, os setores oprimidos e o povo pobre amargam uma profunda carestia de vida no Brasil, inflação, fome e desemprego. Confira o que Marcello Pablito, trabalhador da USP e candidato a deputado federal pelo MRT, fala sobre uma saída dos trabalhadores para essa crise econômica que os capitalistas descarregam em nossas costas.

"Vivemos uma época de taxas recordes de desemprego, inflação e fome. É um absurdo que em meio a essa crise econômica, aprofundada pela pandemia, a gente tenha que se enfrentar com situações como as filas do osso e do lixo. Quem carrega essa responsabilidade é Bolsonaro, herdeiro e implementador de ataques como a Reforma Trabalhista de Temer, que ele aprofundou com a Carteira Verde e Amarela, como a Reforma da Previdência, que nos faz trabalhar até morrer.

Foi essa situação que levou ao assassinato de Moise Kabagambe, imigrante congolês que morreu a pauladas quando foi reivindicar seu salário em um quiosque na Tijuca, Rio de Janeiro, afinal, agora o que vale é o ’acordado sobre o legislado’, falam que é possível ’negociar diretamente com o patrão’. É essa situação que é vivida por uma massa de jovens, em sua maioria negros, com uma bag nas costas em cima de bicicletas, rodando mais de 24h a fio nas entregas por aplicativo, é a situação das trabalhadoras domésticas de aplicativos.

São jornadas de trabalho exaustivas, em que trabalhadores negros, imigrantes, são os mais brutalmente atingidos, e que afetam o conjunto da nossa classe. EOntem estivemos ombro a ombro com trabalhadoras e trabalhadores da enfermagem, linha de frente no combate à pandemia, que se enfrentam com o negacionismo de Bolsonaro e o descaso dos governadores. É um setor que trabalha em mais de uma unidade de saúde para colocar comida na mesa.

Sem contar que agosto fechou com uma taxa de desemprego de 9,1%, mas veio com o gosto amargo da precarização imposta pela reforma trabalhista, recorde histórico de informalidade e subcontratações de graduados de acordo com dados recentes do DIEESE.

Diante disso, éÉ urgente a redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais, sem redução salarial, para combater Bolsonaro e o desemprego, assim como a revogação de todas as reformas e privatizações. Da mesma maneira, é necessário distribuir as horas de trabalho disponíveis a todos os trabalhadores, a fim de unificar empregados e desempregados. Ligado a isso, que o salário seja reajustado de acordo com a inflação.

A diminuição das horas de trabalho para todos os trabalhadores sem redução do salário é uma política que possibilitaria a extinção do desemprego, salários dignos. Uma proposta que vem na contramão e em combate a reforma trabalhista, confrontando diretamente a política do governo de ataques contra os direitos dos trabalhadores e contra suas vidas. Atacando também os lucros daqueles que nos exploram. Eles querem seguir mantendo seus lucros e seus luxos, enquanto os trabalhadores querem vida digna com saúde, educação de qualidade, esse choque de interesses só é possível se resolver na luta.

Seis horas por dia, cinco dias por semana, para que os jovens possam estudar e que todas as pessoas tenham tempo para usufruir da própria vida. Essa política ataca em cheio o lucro dos capitalistas e esse sistema onde a vida da grande maioria das pessoas serve apenas para ser explorada para manter o luxo de poucos empresários, políticos, juízes e banqueiros; estes sim são os únicos que hoje podem aproveitar o mundo.

Por isso também colocamos que para combater Bolsonaro, o bolsonarismo, as reformas, é preciso superar a conciliação de classes de Lula e PT, que se aliam com Alckmin, já tendo ao seu lado Meirelles e FHC, para garantir que as reformas não vão ser revogadas. Como podemos aceitar que Alckmin, um portavoz de Lula para acalmar os empresários,faça jornadas por todo o país jurando aos industriais que um governo Lula não tocará em nenhum aspecto essencial da reforma trabalhista, como fez agora em Goiás? Lula já garantiu muitas vezes que a reforma trabalhista ficará de pé, para colher aplausos do reacionário William Waack, das patronais e de Temer, e agora diz que a questão da redução da jornada deve ficar “para o Congresso”. Ou seja, para o Congresso que aprovou o aumento da jornada e a precarização do trabalho. E também vale lembrar que foram nos anos de governo do PT que o trabalho terceirizado triplicou. É um trabalho de maioria de mulheres negras, que colocamos também que deve ser efetivado, garantindo seus direitos trabalhistas, sem necessidade de concurso público.

São os capitalistas que têm que pagar por essa crise e temos que unificar entre os trabalhadores, os setores oprimidos e o povo pobre, contra as reformas impostas por Bolsonaro, STF, Congresso, sem aliança com a direita. E, em perspectiva, combater a base do capitalismo, por uma sociedade sem exploração e opressão".

 
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