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Eleições
Na Itália as sondagens dão como vencedora a ultradireitista Georgia Meloni
Redação

Os resultados finais serão conhecidos, com sorte, nesta segunda-feira. Mas as pesquisas de saída já revelaram o que as enquetes previam: a aliança liderada pela extrema-direita Fratelli d’Italia - o partido de Giorgia Meloni - vai obter entre 41% e 45%. A abstenção foi maior do que nas últimas eleições em 2018: 64% votaram, contra 72,9% naquele ano, o que mostra o descontentamento generalizado.

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O partido Fratelli d’Italia (FdI, "Irmãos da Itália"), de acordo com as pesquisas de boca de urna, obteve 26%. Os outros parceiros desta aliança de direita são a Liga liderada por Matteo Salvini, e Forza Italia, do empresário Silvio Berlusconi, que obtiveram 8,4% e 7,9%, respectivamente.

O Partido Democrata de centro-esquerda obteria entre 25,5% e 29,5% dos votos. Enquanto o populista Movimento 5 Estrelas (M5E) do ex-Primeiro Ministro Giuseppe Conte ficaria entre 13,5% e 17,5%. Todos estes partidos, de centro-esquerda e de direita - exceto Fratelli d’Italia - tinham levado o banqueiro Mario Draghi ao poder. Um governo que finalmente entrou em colapso em julho deste ano.

Por outro lado, a centro-direita, que formou uma aliança entre Azione (Ação) do ex-ministro Carlo Calenda, e Italia Viva, do ex-primeiro-ministro Matteo Renzi, obteve uma porcentagem menor do que a prevista pelas pesquisas, que previa que poderia ganhar votos tanto da centro-esquerda quanto da Forza Italia. Esta coalizão liberal, que justificava as ações do governo Draghi, ficaria entre 6,5% e 8,5%.

Como Giacomo Turci - editor da La Voce delle Lotte - declarou, "a aposta vencedora de Fratelli d’Italia foi reivindicar abertamente um perfil católico-nacionalista em clara oposição ao governo Draghi. Assim, parte do descontentamento social levou ao apoio a este partido".

Além disso, a competição entre a FdI e a Liga levou Meloni a adotar um discurso atlantista (mais pró-OTAN). Algo fundamental para a burguesia italiana, visto que a União Européia já enviou mensagens de que é do interesse da Itália permanecer alinhada, fundamentalmente por causa de sua necessidade de financiar sua dívida pública, que em dezembro de 2021 era de 2,6 trilhões de euros, representando 150% do PIB.

Os resultados definitivos serão conhecidos nos primeiros dias desta semana, tanto para a composição do senado e da câmara dos deputados, como para quem será o chefe do próximo governo que sairá das cadeiras obtidas em ambas as câmaras. O que é claro é que as políticas do governo de Draghi só favoreceram a consolidação da direita, liderada pela ultrareacionária Giorgia Meloni.

 
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