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Violência Policial
Covarde: PM agrediu uma jovem em bar no DF e diz que foi por engano
Redação

Policial militar agrediu uma jovem em um bar na região administrativa do DF, Samambaia. A violência policial avançou com a ascensão da extrema-direita. Ibaneis Rocha, governador do DF, e Bolsonaro são os principais responsáveis.

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Na última sexta-feira dia 23 de setembro a jovem Karolayne Santana saiu com o seu companheiro para comemorar um aniversário e afirmou que a festa “virou um pesadelo”. A jovem foi duplamente agredida quando estava a se retirar de um bar em Samambaia, no Distrito Federal. Após a comemoração, quando se dirigia à saída, foi assediada por um policial militar que estava em grupo, em seguida, o seu parceiro teria revidado levantando “o dedo do meio”, quando o grupo partiu para o ataque. O policial David Ricardo Lima Nunes entrou na confusão que se seguiu e Karolayne que tentava impedir o seguimento da briga foi agredida covardemente por ele com socos e puxões de cabelo.

O vídeo da agressão circula nas redes e se toda a situação sendo transcrita já é revoltante, as imagens reforçam toda a covardia de Lima Nunes e seus comparsas fardados. Contudo, isso não constrange o comandante desse de sair em sua defesa e afirmar que seu subordinado “não é covarde” e que as investidas violentas do policial contra Karolayne foram por engano. O coronel, afirma que Lima Nunes, teria a intenção de separar a briga, mas ao chegar próximo teria sido agredido ao tomar um suposto soco de um “baixinho” de camisa amarela, que teria o deixado tonto, ao levantar a cabeça, o policial partiu para cima de Karolayne que vestia uma blusa da mesma cor. Tal coronel, acredita que essa justificativa absurda se adequa, uma reação dada à tradição da polícia militar que se sente confortável em aterrorizar a população ao estarem armados e terem a anuência do Estado.

O “terror” causado pela polícia sobretudo militar no Distrito Federal é latente, embora apresente as menores taxas de mortes cometidas por agentes do Estado em todo o país. Porém, são corriqueiros os casos de violência policial. Sob o governo de Ibaneis Rocha (MDB) – que foi eleito na onda bolsonarista em 2018, embora hoje faça um apoio velado ao genocida de extrema-direita -, as denúncias envolvendo abuso e violência policial na Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CDHCLDF) aumentaram 86,6% no DF desde 2019. Até agosto foram realizadas 28 denúncias, o mesmo número registrado em todo o ano passado. Em 2020 foram 17; e em 2019, 15 denúncias. Há uma similaridade dos abusos cometidos pela polícia, que são em sua maioria cometidos contra a população negra, as mulheres e a população pobre. Sendo assim, a escalada da violência policial se insere na escalada da extrema-direita, espectro que a grande maioria desses agentes se apega e que os permite sentirem-se confortáveis e “empoderados” a serem os carrascos das minorias que tanto odeiam.

A violência cometida por policiais não é uma realidade surgida com a ascensão da extrema-direita, mas foi potencializada com a sua chegada ao poder. Por isso é mais que necessário batalhar para derrotar Bolsonaro e a extrema-direita sem alianças com os patrões, os banqueiros e toda a burguesia que atua justamente para dar sustentação ao que os policiais e todo o braço fardado e armado do Estado representam, que é a opressão e a violência contra os negros, as mulheres e todos os oprimidos. Por isso, que devemos também lutar pelo fim da polícia que não tem o propósito de proteção da população, mas de garantir a manutenção do Estado capitalista. Toda solidariedade a Karolayne e a todos que sofrem com a violência policial no Brasil.

 
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