Foto: Renato Ramos / JC IMAGEM e Marcos Matos / JC IMAGEM
As projeções de intenção de voto mostravam Marília Arraes com ampla vantagem frente aos 4 candidatos que estavam em empate técnico no 2º lugar. O resultado apontou uma outra tendência, com uma pequena diferença de votos entre a oligarquia Arraes e a oligarquia Lyra. Isso foi resultado de como Marília, Raquel e Anderson capitalizaram o desgaste do PSB no estado, obviamente de forma demagogica e com um programa bastante de direita. Por outro lado expressa também o deslocamento à direita das eleições nacionais que revelou a recomposição do bolsonarismo, mesmo em Pernambuco onde contraditoriamente Lula ficou com ampla margem à frente de Bolsonaro.
O fato é que o PSB, aliado de Lula nestas eleições, colocou Pernambuco nos piores índices de emprego, saneamento, desigualdade social e violência policial do país e nesse momento temos duas candidatas no 2º que em nada representam os anseios dos trabalhadores e do povo Pernambucano. Marília Arraes tem como vice de sua chapa um golpista, é contra o aborto e pelo aumento da repressão policial contra a população pobre e negra. Raquel Lyra não fica atrás, ela também defende um programa de direita para cidade, a poquíssimo tempo esteve bem próximo a Bolsonaro recebendo verbas do ministério da cultura e defende a ampliação da inciatia privada no estado.
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A relocalização do bolsonarismo nacionalmente mostra que a política de conciliação não pode combater seriamente a extrema direita e a direita. Se revela a fundamental necessidade de organização da classe trabalhadora para enfrentar a direita e a extrema direita na luta de classes, sem nenhuma aliança com a direita, com os patrões e seus representantes.
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