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Arrocho salarial
TSE autoritário proíbe postagens sobre ataque de Bolsonaro a salários e aposentadoria
Redação
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A ministra Maria Isabel Gallotti, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou que sejam removidas 23 postagens de redes sociais do perfil de Lula (PT) e de apoiadores em que afirmam que o governo Bolsonaro teria a intenção de reduzir o valor do salário mínimo, de aposentadorias, de pensões e do Benefício de Prestação Continuada (BPC).

A ministra acatou o pedido da campanha à reeleição de Bolsonaro (PL), que afirmou à Corte Eleitoral que as afirmações surgiram a partir de "trechos gravemente distorcidos e descontextualizados de uma fala do ministro da Economia Paulo Guedes", segundo o G1.

Além das postagens do perfil de Lula, serão retirados também conteúdos publicados nos perfis de Gleisi Hoffmann, do senador Humberto Costa, da deputada Jandira Feghali e Érika Kokay, e também da CUT Brasil e do PT e de perfis identificados como @thiagoresiste e @tesoureiros.

O TSE é parte do Judiciário autoritário, que articulou o golpe institucional de 2016, junto o STF, que prendeu e proscreveu Lula em 2018, além de sequestrar milhões de votos pela biometria também nesse ano de 2018. Hoje, Alexandre de Moraes negocia com as Forças Armadas, para que os militares tutelem as eleições.

Veja também: Abaixo a tutela militar nas eleições em base ao acordo TSE e Forças Armadas

A verdade é que esse é sim um ataque anunciado. Paulo Guedes, o ministro da economia de Bolsonaro e deve se manter no cargo caso o atual presidente seja reeleito, anunciou uma nova proposta nefasta para a vida dos trabalhadores e da população. Propõe o arrocho do salário mínimo e das aposentadorias, negando a correção pela inflação, caso sejam reeleitos no segundo turno. É um escândalo frente ao aumento da fome da população pela inflação, que atinge sobretudo os itens da cesta básica, que se propõe a descarregar a crise ainda mais nas costas da população, em nome da “meta fiscal” com os grandes bancos.

Enquanto fazem demagogia eleitoral, acenam para o capital financeiro que vão aprofundar o teto de gastos através dessa medida de corrosão dos salários. O seu aliado no Congresso, Arthur Lira (PP), anunciou logo após o primeiro turno favorável a bancada bolsonarista e do Centrão, que vai colocar em votação a reforma administrativa o quanto antes, para implementar a reforma trabalhista no serviço público. Entre outras propostas anunciadas estão a privatização da PPSA, que comercializa uma fatia do pré-sal, que acarretará em maior subordinação internacional dos preços dos combustíveis, que causa seu aumento. Além de retomar a odiosa proposta de Carteira de Trabalho Verde Amarelo, que regulamenta a informalidade isentando impostos dos empresários.

Essas medidas devem estar colocadas lado a lado da luta pela revogação de todas as reformas, da trabalhista e da previdência, que arrancam o nosso futuro e querem nos fazer trabalhar até morrer. Assim como o conjunto das privatizações impostas pelo governo. É com esse programa que seremos capazes de unir a única força capaz de deter a extrema-direita e seu projeto: empregados e desempregos, trabalhadores com e sem direitos, em uma só luta contra os capitalistas que sustentam Bolsonaro e os atores autoritários do regime, como o STF e os militares.

As centrais sindicais CUT, CTB, assim como a UNE, entidades nacionais dirigidas pelo PT e pelo PCdoB, devem romper a sua trégua com os ataques e organizar um plano de lutas para unificar a nossa classe. Nunca na história a aliança com os nossos inimigos deteve as forças de extrema-direita, que surgem na crise para impor a vontade dos capitalistas impondo maior perseguição às organizações dos trabalhadores e seus representantes.

 
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