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Eleições 2022
Reacionária “bancada da bala” cresce no legislativo federal e nos estados
Redação

Partidários das reacionárias pautas ideológicas bolsonaristas e de extrema direita mantém aumento de sua presença no Legislativo em todo o país. Entre as suas bandeiras estão a defesa dos crimes policiais, o armamento da população - impulsionado por latifundiários e milicianos - e a redução da maioridade penal contra a juventude negra. Como mostra o resultado eleitoral, essa extrema direita só pode ser enfrentada no terreno da nossa classe, o das greves e mobilizações.

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Foto: Evaristo Sá/AFP

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Sou da Paz apresenta que 103 dos novos representantes legislativos para assumirem em 2023, vieram das forças policiais de segurança e armadas. Popularmente conhecidos como “Bancada da Bala”, são parlamentares que tem entre as suas pautas, a flexibilização de leis para armar a população, a flexibilização para a permissão de compra de mais armas e munições pelos CAC’s (colecionadores, atiradores e caçadores), redução da maioridade penal, exclusão de ilicitude para policiais envolvidos em ocorrências com suspeitos mortos, entre outras medidas autoritárias, reacionárias e violentas, que visam a permanência do Estado – com a utilização de seu braço armado – como ceifador de vidas da nossa juventude, principalmente entre negros e indígenas, e de ações criminosas como o assassinato covarde de Genilvado de Jesus Santos, morto asfixiado em maio deste ano.

Segundo o Sou da Paz, dos 57 deputados estaduais eleitos que têm ou tiveram ligação com as forças de segurança e armadas e que irão compor suas assembleias legislativas. De acordo com o instituto, 26 dos novos deputados estaduais são ou foram ligados à Polícia Civil. Outros 23 estiveram na Polícia Militar (PM); 1 no Corpo de Bombeiros; 2 são militares aposentados; 3 eram do Exército e 2 da Polícia Federal (PF). O estado brasileiro com maior número de deputados estaduais ligados à ’Bancada da Bala’ é São Paulo, com sete representantes, de acordo com dados do instituto. Quanto aos deputados federais, 44 dos 513 parlamentares que estarão em Brasília em 2023 foram ou estão associados às forças de policiais ou armadas.

Segundo o relatório apresentado pelo instituto, a maior parte desses candidatos, se beneficiam muito do status policial para benefício próprio e se apoiam no campo ideológico bolsonarista. Este é um dos aspectos que aponta que diante da vitória ou derrota, o bolsonarismo segue firmemente instalado no regime e, diante de resultados como esse, segue como força política e social antioperária.

É preciso organizar nossa classe e os setores explorados e oprimidos contra as bandeiras levantadas por esses inimigos da classe trabalhadora, da juventude, das mulheres, dos LGBTQIA+, negros e indígenas. São defensores de medidas e projetos que visam o assassinato e o encarceramento em massa dos mais pobres (nas cidades os negros e no campo os indígenas), a permissividade da expansão do armamento na sociedade civil, que garante que a extrema-direita e suas milícias estejam armadas até os dentes (como vimos no episódio de Roberto Jefferson que utilizou armamento militar guardado em sua casa contra a Federal e depois se entregou em uma conversa amistosa com indivíduos da corporação) e contra pautas como o aborto e a legalização das drogas, criminalizando as mulheres e a juventude pobre deste país.

Partindo desses apontamentos, podemos concluir que a presença das forças policiais e armadas que notadamente se expressam contra a nossa classe, deve ser extinta. E como podemos fazer isso?

Através da auto-organização com independência política da nossa classe, levantando a revogação de todas as reformas e ataques, e um programa para que os capitalistas é que paguem pela crise. Lembremos simbolicamente da Revolução de Outubro de 1917, em que através dos métodos de luta da nossa classe os trabalhadores russos tomaram o poder e deram a luz à maior experiência de transformação social, política e cultural do século XX. As lições de outubro de 1917 nos mostram que não é com alianças com a burguesia e com a direita, inimigos históricos da nossa classe, que derrotaremos figuras como Bolsonaro e a extrema-direita, como propõe a frente ampla de Lula-Alckmin e seu programa de manutenção das reformas burguesas e das privatizações.

Nesse sentido, é preciso que as direções das centrais sindicais (CUT e CTB, dirigidas por PT e PCdoB) e do movimento de massas, como a UNE, rompam com sua política de aliança e conciliação com a direita e os empresários, sempre contendo e desviando qualquer possibilidade de que se desenvolva um enfrentamento sério aos ataques e à extrema-direita. Como mostra o processo de greves vitoriosas acontecendo na França por aumento salarial diante da inflação, é preciso enfrentar nossos inimigos no nosso terreno, com greves, manifestações de rua, mobilização e organização independente.

 
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