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Internacional
Brasil se abstém em votação da Assembleia Geral da ONU contra o criminoso embargo dos EUA a Cuba
Redação

A Assembleia Geral da ONU aprovou nesta quinta-feira (3), por 185 votos a favor, uma resolução apresentada por Cuba que pede o fim do embargo americano imposto há 60 anos. Estados Unidos e Israel votam contra. Ucrânia e o Brasil, presidido pelo reacionário Jair Bolsonaro, se abstêm.

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No dia de ontem, quinta-feira, a Assembleia Geral da ONU exigiu mais uma vez o fim do criminoso embargo dos EUA a Cuba. Como acontece todos os anos, a esmagadora maioria dos países votou a favor desta resolução, que é sistematicamente rejeitada pelos Estados Unidos e Israel. Este ano, o Brasil sob a presidência do reacionário Jair Bolsonaro se absteve. Assim também o fez a Ucrânia.

Embora a resolução da ONU seja simbólica e não vinculativa, a ilha mais uma vez conquista uma vitória ao mostrar que a maioria dos países do mundo se manifesta todos os anos contra o bloqueio unilateral dos Estados Unidos. A votação desta quinta-feira foi a trigésima vez que a ONU emitiu um comunicado pedindo aos Estados Unidos que cessem com o bloqueio econômico, comercial e financeiro que colocou na ilha em 1962, "uma pandemia permanente, um furacão constante", segundo La Havana.

Não é de se esperar outra atitude do governo brasileiro quando se trata de um país como Cuba, sabemos, mas essa é mais uma das demonstrações de seu criminoso reacionarismo. Enquanto propaga o medo do “comunismo” no Brasil, Bolsonaro e sua corja não cansam de propagar que países “comunistas” como Venezuela e Cuba vivem “situações de miséria”, mas, óbvio, jamais permitindo debates que atestem como as profundas consequências geradas por este bloqueio afetam as condições deste país.

Pautado na Assembleia Geral da ONU, o projeto deste ano intitulava-se "Necessidade de acabar com o bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos da América contra Cuba". A votação foi muito parecida com a do ano passado, com exceção da Colômbia, que em 2021 se absteve e este ano votou contra o embargo e a favor de Cuba.

Além do fim do bloqueio, a iniciativa de Cuba pedia a "igualdade soberana" dos Estados, "não ingerência em seus assuntos internos" e "liberdade de comércio internacional e navegação".

Durante seu discurso na ONU, o chanceler cubano, Bruno Rodríguez, comparou o bloqueio a "uma pandemia permanente, um furacão constante" devido aos seus efeitos.

"Não atribuímos ao bloqueio todas as dificuldades que nosso país enfrenta hoje, mas seria falso quem negasse seus gravíssimos efeitos e não reconhecesse que ele é a principal causa das dificuldades, carências e sofrimentos das famílias cubanas", assegurou. o diplomata, que alertou que o embargo “cria as condições que favorecem a migração ilegal, irregular, desordenada e insegura, e contribui para o crime de tráfico de seres humanos”. Ele também afirmou que o bloqueio causou mais de 150 bilhões de dólares em danos à ilha, dos quais mais de 6,3 bilhões correspondem aos primeiros quatorze meses do mandato do atual presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.

Apesar de suas promessas de campanha, Biden mantém as sanções impostas por seu antecessor, o republicano Donald Trump, poucos dias antes do fim de seu mandato, com exceção de algumas pequenas variações em termos de vistos, viagens e remessas para a ilha.

Apesar de a esmagadora maioria dos países do mundo votar a favor desta resolução ano após ano, o fato de não ser vinculativa permite que Washington ignore a afirmação, deixando claro como não será uma diretiva da ONU que acabará com este bloqueio criminoso, mas sim através da solidariedade internacional e de um renovado movimento anti-imperialista, começando com a luta da juventude e dos trabalhadores dentro do próprio imperialismo norte-americano.

Com informações de La Izquierda Diario.

 
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