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Meio Ambiente
Com Bolsonaro, desmatamento na Amazônia chegou a 10 mil km2 por ano
Rosa Linh
Estudante de Ciências Sociais na UnB

Apesar de toda a demagogia e mentiras de defesa da Amazônia do governo, todos os maiores números mensais de desmatamento registrados pelo Deter ocorreram sob a administração de Bolsonaro. Ao longo de seu mandato, o Brasil registrou a marca de mais de 10 mil km² de desmatamento por ano

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Além disso, de acordo com dados da Folha, o desmatamento na Amazônia voltou a subir ao longo do mês de outubro. Os registros do sistema Deter, programa do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), apontam que o desmatamento chegou a 813,2 km², terceira maior marca desde 2015

Diante dos bloqueios golpistas bolsonaristas promovidos pelas patronais do agronegócio, essa base reacionária de jagunços, grandes fazendeiros, madeireiras, garimpeiros e o conjunto dessa corja ecocída aproveita para fazer avançar a fronteira agrícola.

O dado foi divulgado às vésperas da COP27, conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre mudanças climáticas, que será realizada em novembro, no Egito. Mais uma vez, o desmatamento será um tema sensível para o governo Bolsonaro.

Esse é o mesmo agronegócio que assassina os povos originários e quilombolas, promove a catástrofe climática e destrói nossos ecossistemas em nome do lucro. Nomes como Ricardo Salles e Tereza Cristina são expoentes bolsonaristas que promoveram essa destruição e agora se integram à bancada do boi no Congresso, mostrando como essa extrema-direita que odeia o meio ambiente continua viva e precisa ser derrotada nas ruas.

Com o avanço das negociações para o governo de transição, o governo Lula vai se desenhando intimamente integrado ao centrão e cada vez mais à direita. A própria incorporação de Simone Tebet (MDB) à campanha da chapa Lula-Alckmin no segundo turno, uma grande demagoga ruralista, é prova disso. Na mesma linha afirmou o senador Carlos Fávaro (PSD-MT), favorito para o Ministério da Agricultura, de que o "agronegócio vai viver o melhor momento de toda sua história" com Lula, assim como o aceno da FAESP (Federação da Agricultura e Pecuária de São Paulo) de que com Alckmin como vice-presidente, um exímio expoente do capital financeiro, as negociações serão mais fáceis. É simplesmente impossível conciliar essa sede predatória ecocída com os interesses da base dos trabalhadores organizados no MST, por exemplo. Mas, nada disso surpreende, basta vermos como nos governos petistas a fronteira agrícola avançou a patamares altíssimos pela conciliação com o centrão e convivência pacífica com a bancada do boi.

Para combater o desmatamento em sua raíz, é necessário lutar para barra o Pacote da Destruição, que conta com PLs como os da grilagem, licenciamento ambiental etc., mas também avançar para uma reforma agrária radical, com a expropriação do conjunto dos latifúndios, com demarcação total das terras indígenas e apoio à sua auto-determinação. Nesse sentido, a unidade que precisamos é dos trabalhadores rurais e urbanos com os movimentos camponeses e sem terra, povos originários e quilombolas pela base e não com a direita, o centrão e os ruralistas. Isso coloca a necessidade de batalharmos por uma política que combata efetivamente o bolsonarismo e o agronegócio, exigindo um plano de lutas às direções das centrais sindicais e movimentos sociais, o que só pode se dar de forma independente do novo governo e suas alianças com nossos inimigos.

Leia mais: Derrotar o bolsonarismo, as reformas e os capitalistas organizando a luta de forma independente do governo

 
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