Trotski à época falava da necessidade de um combate implacável pela independência de classe, contra aquilo que chamou de “cantos de sereia” da conciliação de classes (mesmo quando “pintado de vermelho”, ou ainda mais nesse caso).

A política das Frentes Populares foi levada à frente no mundo todo na década de 30 pela Internacional Comunista stalinizada sob a bandeira de "frentes antifascistas" que incluía setores burgueses. Tal política levou às derrotas de revoluções e concedeu o triunfo ao fascismo na França e na Espanha. Na Espanha em particular tal traição se deu por cima dos corpos de milhares de trabalhadores e camponeses abnegados que lutavam por sua emancipação e contra o fascismo de Franco.

Como forma de contribuir pra reflexão de qual política a esquerda precisa se colocar a tarefa no momento atual, apresentamos o filme-documentário sobre a Revolução Espanhol realizado em 2006.

Ao longo do tempo, ficou marcado na memória histórica sobre a guerra civil na Espanha a existência de dois bandos militares opostos: o fascismo e a república. Mas na Espanha dos anos 30 havia uma revolução social em curso que foi traída por suas direções reformistas, stalinistas e anarquistas através da política das Frentes Populares.

Este documentário visa oferecer uma visão marxista dos acontecimentos e conta essa história através de arquivos, depoimentos, animações e outros recursos audiovisuais.

O documentário, realizado pela Contraimagen, em colaboração com o Instituto do Pensamento Socialista Karl Marx e o Partido dos Trabalhadores Socialistas (PTS, partido argentino da mesma corrente internacional à qual pertence o Movimento Revolucionário de Trabalhadores e seu jornal Esquerda Diário) tem o objetivo de oferecer uma visão revolucionária marxista e trotskista daqueles acontecimentos que foram uma das grandes epopeias da classe trabalhadora mundial.

É também uma homenagem aos homens e mulheres que, contra tudo e contra todos, quiseram tomar de assalto o céu da Península Ibérica na década de 1930.