A Fiocruz identificou o surgimento de uma nova variante do coronavírus, no estado do Amazonas, com o nome de BE.9, trata-se de uma variante da Ômicron. De acordo com a fundação, a nova cepa compartilha algumas mutações da BQ.1 que é uma outra sub variante da Ômicron que também foi identificada recentemente e que está por trás da nova onda de Covid-19 que chega ao Brasil.

A BE.9 é uma evolução da sublinhagem BA.5.3.1, ou seja, uma Ômicron da linhagem BA.5, que seria a responsável pelo aumento do número de casos da Covid-19 no estado do Amazonas, apesar de que, não deve ser essa a variante responsável pelos casos mais graves no estado.

Os dados coletados pela Fiocruz demonstram que desde meados de outubro, o Amazonas observa uma crescente na média móvel, subindo de 230 casos semanais para 1 mil casos registrados por semana no Estado. E os especialistas alertam que o que está acontecendo no Amazonas tende a se repetir em outras regiões do Brasil. A variante BE.9 foi identificada após um estudo sequenciar mais de 200 genomas do Sars-Cov-2 entre os meses de setembro e outubro, que teve o intuito de descobrir o motivo dos aumentos dos casos no estado.

Os pesquisadores informam que ainda não há dados de casos da variante BE.9 em outros estados, como ocorreu com a variante BQ.1.1 já foi encontrada em São Paulo, Santa Catarina, Pernambuco e no Rio de Janeiro, porém como a designação da variante BE.9 ocorreu no dia 12 de novembro somente nos próximos dias teremos as informações se existem outros estados com casos registrados.

Os casos de Covid-19 vem aumentando no Brasil e ao redor do mundo, sendo que essa alta deve-se às novas subvariantes da Ômicron, a BQ1 e a XXB, que são variantes com altas taxas de transmissão e resistentes às barreiras das vacinas.

Em recente Laudo da InfoGripe, divulgado pela Fiocruz, demonstra um aumento de casos de Covid-19 em quatro estados do país na semana passada, são eles, São Paulo, Amazonas, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul e a previsão é que esse crescimento seja maior nos próximos dias.

No Brasil de Bolsonaro onde a pandemia teve uma gestão irracional vimos a morte de mais de 700 mil brasileiros, o atraso na compra das vacinas e o negacionismo. Catástrofe sanitária que, tampouco, os demais atores do regime fizeram nada para evitar, negligenciando medidas como teste massivo, centralização dos leitos de hospitais privados, etc. Para enfrentar a Covid-19 e erradicar ela complementamente precisamos de um plano massivo, que teste a população e que realize o isolamento adequado de todos aqueles infectados, além de uma reorientação das forças produtivas para que estas sejam utilizadas para combater a crise sanitária e as mazelas econômicas que ela traz consigo no capitalismo.