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Privatização da Educação
Quem é Renato Feder, ultraliberal nomeado secretário da Educação de Tarcísio
Redação

Empresário dono da Multilaser e ultraliberal favorável à privatização da educação, Feder é secretário de Ratinho Júnior (PSD) no Paraná e já foi indicado por Bolsonaro ao MEC em 2020, para dar continuidade aos planos de destruição da educação pública. Agora, passará a encabeçar a Secretaria de Educação do governo Tarcísio em SP.

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O novo governador de São Paulo, o reacionário Tarcísio de Freitas (Republicanos) acaba de convidar o secretário de Educação do Paraná, Renato Feder, para assumir a pasta em SP. Trata-se de uma nomeação que já mostra todas as coordenadas da política privatista e inimiga de professores, funcionários, alunos e comunidade escolar que esse novo governo de direita reserva para a educação paulista.

Feder é dono de uma das maiores empresas de tecnologia do país, a Multilaser, que produz equipamentos de informática como projetores, impressoras, monitores e tablets, não tendo nenhuma intimidade com a realidade das salas de aula da rede pública a não ser pela carreira política e pelo interesse em lucrar com as escolas. Ultraliberal reconhecido por estar ligado aos grandes empresários da educação, foi convidado a ser ministro da educação do Bolsonaro em 2020, até recentemente foi secretário de Ratinho Júnior (PSD) no Paraná e lá colocou até video-aulas nas escolas para substituir professores.

Feder segue a linhagem de economistas e não de educadores para um governo que trata a educação como mercadoria; co-autor do livro “o Elefante - Como Livrar-se do Peso que Impede os Brasileiros de Decolar”, em que defende junto ao seu sócio um plano detalhado de "desconstrução do Estado" - ou seja, a iniciativa privada e o fim dos serviços públicos e da educação pública através de políticas como a de vouchers - assim como reivindica o modelo genocida de previdência privada do Chile (AFP), defendido também por Paulo Guedes.

No Paraná, todo o escalão da Secretaria indicado por ele são nomes que vieram da iniciativa privada, especialmente da área de tecnologia, voltados a "acelerar a transformação digital na educação pública", de acordo com o site da Secretaria do Estado. Deixa o estado já acertando para o próximo ano a privatização de 27 escolas estaduais. Porém, os educadores do chão da escola sabem que o último problema da escola é a entrada da tecnologia, e sim a contradição de que a implementação dessas ferramentas mais do que nunca no último período pandêmico estiveram ligadas ao aprofundamento das desigualdades, à evasão escolar e à privatização da educação, que precariza ainda mais as condições de ensino das crianças e jovens e o trabalho dos profissionais da educação. Outra política educacional de Feder no Paraná que agradou muito a base bolsonarista e reacionária compartilhada por Tarcísio foi a ampliação das escolas cívico-militares: em dois anos, 195 escolas do estado foram entregues nas mãos dos milicos.

São Paulo, como muitos estados, atravessa uma crise de falta de professores que atravessou a gestão Dória/Rodrigo Garcia (PSDB). Não há concurso público há 9 anos e boa parte do sistema é sustentado pela terceirização e por modelos de contratação temporária precários em relação ao concurso. A crise na educação paulista é grave e é por isso que nós do Esquerda Diário e do movimento Nossa Classe Educação demos uma forte batalha no último Congresso do Sinpeem contra a burocracia de Claudio Fonseca, apoiador de Tarcísio, apontando um caminho para retomar o sindicato para nossas mãos, o que passa pelo rechaço a essa direção e seus métodos autoritários, e pela mais ampla unidade da nossa categoria, entre professores, quadro de apoio, efetivos, contratados e terceirizados. Só assim, sem confiarmos em alianças com a direita, poderemos enfrentar nas ruas a extrema-direita que se enraíza no regime político e que está acampada nos quartéis, assim como impor a revogação dos ataques à educação, à nossa carreira e ao conjunto de reformas implementadas por Bolsonaro e os governos estaduais.

 
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