Segundo Bolsonaro, Guedes e o Ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, a população iria se beneficiar com a privatização da Eletrobrás, vendida a preço de banana para os grandes empresários, e que as tarifas de luz iam baixar. Ao contrário disso, como viemos alertando e como estamos vendo a cada dia que passa, a venda da maior empresa de energia se deu com o objetivo de descarregar a crise nas costas da classe trabalhadora e garantir os lucros dos capitalistas.

O alto escalão da empresa aumenta seus salários em meio a suposto prejuízo da empresa, pois não abrem o livro de contas e mantém as tarifas de luz altíssimas, enquanto criam Plano de Demissão Voluntária (PVD) para os trabalhadores, enxugando o quadro de funcionários, precarizando ainda mais o serviço e aumentando ainda mais o desemprego. Quem paga com a privatização é a população, com as tarifas mais altas e o serviço mais precário, enquanto os capitalistas enchem seus bolsos de dinheiro.

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A privatização da Eletrobras é uma marca profunda contra a classe trabalhadora e o povo pobre. É necessário lutar por uma Eletrobras 100% estatal, sob gestão operária e controle popular, sendo os únicos que realmente tem interesse em baixar o valor da tarifa e ter um serviço de qualidade, ao contrário dos exemplo mostrado pela privatização da empresa de energia elétrica do Amapá, que levou o estado ao colapso.

Não será governando com os grandes empresários e a direita, como propõe o PT, que agora anuncia apoio a reeleição de Arthur Lira como presidente da Câmara dos Deputados, peça-chave da sustentação de Bolsonaro, das reformas e das privatizações, que reverteremos essa situação. Somente a luta dos trabalhadores organizados em seus locais de trabalho, unindo efetivos e terceirizados, poderá colocar abaixo a privatização. Deveria ser papel da e CUT e da CTB, que permitiram que esse ataque fosse passado sem luta, sair de suas paralisias e organizar os trabalhadores para lutar.