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SINPEEM
Reunião de representantes escolares sem direito de fala
Nossa Classe - Educação

"Reunião de representantes escolares EXPOSITIVA” Essa é a mais nova modalidade de reunião a direção do SINPEEM inventa. Uma reunião em que os representantes escolares, eleitos pelos seus pares nas escolas, não tem o direito de representar seus pares através de intervenções num espaço que se diz democrático. São reduzidos a meros expectadores do Claudio Fonseca – presidente do SINPEEM, falando por horas, privados de poder opinar nos rumos da política de seu próprio sindicato.

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Imagem: reunião de RE do SINPEEM

"Reunião de representantes escolares EXPOSITIVA” Essa é a mais nova modalidade de reunião a direção do SINPEEM inventa. Uma reunião em que os representantes escolares, eleitos pelos seus pares nas escolas, não tem o direito de representar seus pares através de intervenções num espaço que se diz democrático. São reduzidos a meros expectadores do Claudio Fonseca – presidente do SINPEEM, falando por horas, privados de poder opinar nos rumos da política de seu próprio sindicato.

No último RE a diretoria do SINPEEM já havia imposto que cada representante tivesse apenas UM minuto de fala, um minuto, enquanto CF falava por horas e ainda respondia, sem limitação de tempo, as falas que o incomodavam. Um tremendo absurdo! O que é possível defender em apenas um minuto?! É o tempo de saudar começar a desenvolver uma ideia e terminar sem concluir. Ou seja, na prática, já não havia direito de fala, mas agora vemos o autoritarismo de CF e sua turma vai ainda mais longe. Dessa vez nem um minuto, zero, é como se não houvessem representantes ali presentes, pois além de tudo a reunião ainda foi transmitida!

É importante destacar o quão absurdo significa as reuniões voltarem a acontecer da forma virtual e vale retomar como foram os dois últimos anos no sindicato... Após 2 anos sem reuniões, nem mesmo online, durante a pandemia (que não impediu a diretoria majoritária de realizar eleições online). As reuniões voltaram a acontecer somente de forma online agora em 2022, apesar da categoria estar trabalhando presencialmente desde 2021, tendo sido a primeira e única reunião presencial, ainda que em formato híbrido, agora em novembro.

O que vemos agora é a imposição do retorno ao formato online, de forma totalmente burocrática, sem qualquer consulta à categoria. Há aí um escalonamento dessa forma, um problema de burocratismo e fechamento da estrutura sindical de forma que os trabalhadores se quer podem apresentar as questões que dizem respeito à vida da categoria nas escolas e no atual momento político onde temos muito a discutir. Na nossa rede vemos o fechamento das EJA’s, promessas de uma reforma administrativa por parte de Nunes e da Câmara; à nível estadual o governador bolsonarista eleito com apoio do Cidadania de CF, Tarcísio de Freitas (União Brasil), já anunciou o privatista Renato Feder para pasta da educação; e à nível federal vemos que a equipe de transição elaborada nos moldes da frente ampla com a direita, banqueiros e empresário, se quer se compromete com a revogação das Reformas, inclusive a do Ensino Médio, apontando um caminho de manutenção dos ataques de Bolsonaro.

É algo tão antidemocrático que não é uma reunião virtual em alguma plataforma de reuniões virtuais como tantas em que a gente se acostumou a usar ao longo da pandemia, a reunião é transmitida pelo youtube! É impossível saber quem está e que não está participando, tampouco quantas pessoas estão presentes, sequer há chat habilitado para que as pessoas expressem o mínimo possível suas opiniões! Claudio Fonseca transforma as reuniões de RE numa caixa-forte, se blindando das opiniões dos trabalhadores da educação.

O que acontece no SINPEEM hoje tem como consequência que as trabalhadoras e trabalhadores da educação municipal não possam contar com o sindicato para organizar a luta. Refletindo ainda mais à direita a escandalosa paralisia das Centrais Sindicais, CUT e CTB, de impedir que os trabalhadores decidam sobre um plano de lutas que inclua retomar o caminho da luta de classes para enfrentar extrema-direita nas ruas, com nossos métodos, e avançar com reivindicações como a revogação integral das Reformas e ataques de Bolsonaro. Há 3 anos estamos vivenciando um cenário de silenciamento da categoria, de esvaziamento do sentido do Sindicato - como ferramenta da classe trabalhadora, e isso reflete diretamente numa significativa desfiliação à essa entidade.

Nós do Movimento Nossa Classe Educação, trazemos essa denúncia carregada de bastante indignação contra esses métodos. O sindicato é dos trabalhadores, logo decisões sobre como e à serviço de que deve estar a estrutura da entidade, devem passar pelos trabalhadores - o que há anos não acontece no SINPEEM por responsabilidade do grupo Compromisso e Luta que têm à frente uma figura da direita de nosso país, que nós trabalhadores tanto repudiamos e não nos representa.

Veja mais aqui: Após o Congresso do Sinpeem, o que vem a seguir para os educadores municipais de SP?

Não aceitamos que medidas autocráticas como essa, de fechamento e silenciamento da categoria, sigam sendo implementadas. As consequências disso recaem diretamente em nossas condições de organização, sendo que nossa categoria sempre teve um lugar destacado na luta em defesa da educação pública, de nossas condições de trabalho e em batalhas que dizem respeito à vida da nossa classe. Basta! Não aceitamos que Claudio Fonseca, em nome de se blindar de críticas e subordinar o sindicato ao seu campo política, siga calando as nossas vozes!

 
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