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No RS, bolsistas e tercerizados são os principais afetados pelo bloqueio bolsonarista às universidades
Redação

Os cortes realizados por Bolsonaro atingiram em cheio as universidades no RS visto que o valor seria utilizado por parte delas no pagamento de despesas para funcionamento das instituições de ensino, bolsas de estudo e de salários de trabalhadores terceirizados. É necessário desde já preparar a mobilização para barrar esse ataque do Bolsonaro, sem nenhuma ilusão no novo governo, que desde o Governo de Transição já aponta favorecer os barões da educação privada.

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Há 1 mês para terminar o mandato, o Ministério da Educação (MEC), sob comando do bolsonarista Victor Godoy, realizou mais uma série de cortes no orçamento do Ministério na semana passada, trata-se de um deliberado calote em milhares de terceirizados e bolsistas.

Na UFRGS, depois de dias do silencio ensurdecedor da reitoria interventora, foi declarado que o corte atinge em cheio a assistência estudantil, pagamento de bolsas e os salários dos trabalhadores terceirizados, além de contas básicas de luz e água, afirmando que caso a situação persista, poderá afetar também a folha de pagamento. Trazemos aqui o impacto em cada universidade do estado:

  • Universidade Federal de Santa Maria (UFSM): R$ 12 milhões;
  • Universidade Federal das Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA): R$ 4 milhões;
  • Universidade Federal de Pelotas (UFPel): 1.6 milhão;
  • Universidade Federal do Pampa (Unipampa): R$ 2,4 milhões;
  • Universidade Federal do Rio Grande (Furg): R $1,7 milhão;
  • Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS): R$ 3 milhões.

Algumas destas, como a FURG, já anunciaram que não terão condições de funcionamento após o final do mês.

Sentimos há pelo menos 8 anos consecutivos os cortes na educação, e como reflexo destes estão a falta de assistência estudantil, infraestrutura, demissão de terceirizados e calote aos terceirizados e bolsistas.

É frente a essa situação que todos os DCEs e CAs pelo país deveriam estar pondo de pé uma forte mobilização contra o bloqueio, com assembleias para organizar os estudantes contra os seguidos cortes à educação que estão a serviço do pagamento da dívida pública e que correspondem ao Teto de Gastos e outras reformas que o novo governo Lula e Alckmin já se comprometem que não vão revogar de conjunto.

Diferente disso, o DCE da UFRGS, dirigido pela UJC, não falou uma palavra sobre os bloqueios, mostrando sua adaptação à política de apassivamento do movimento estudantil levada à frente pela UNE, que não mobilizou os estudantes em nenhuma universidade e ainda comemorou como uma "vitória dos estudantes" um recuo momentâneo dos bloqueios. Isso porque a UNE, dirigida pelo PT e PCdoB, busca se localizar no governo de transição ao lado de Alckmin e dos articuladores da desastrosa reforma do ensino médio, localização esta que inclui UP e PSOL também.

É preciso que o DCE da UFRGS dê exemplo de auto-organização estudantil, convocando assembleias para mobilizar os estudantes contra os cortes e a UNE precisam organizar a luta pela base, com assembleias em cada local de estudo e trabalho, para organizar os estudantes e trabalhadores da educação pela reversão dos cortes orçamentários e contra as manifestações reacionárias dos bolsonaristas. É necessário confiar na nossa força e mobilização, de forma independente do governo eleito, pois somente com a unidade de estudantes e trabalhadores será possível enfrentar os cortes à educação, as reformas e o bolsonarismo.

 
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