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Bolsonaro dá indulto de natal para os assassinos do massacre do Carandiru
Redação

O indulto natalino do reacionário presidente Jair Bolsonaro (PL), publicado nesta sexta-feira (23) no Diário Oficial da União, concede o perdão aos presos condenados pelo massacre de Carandiru, ocorrido em outubro de 1992.

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A alguns dias de deixar a presidência, o reacionário Bolsonaro perdoou os assassinos da força de repressão do estado (polícia, exército) que cometeram crimes em sua função e foram condenados por crime não hediondo cometido a mais de trinta anos. O perdão é endereçado aos assassinatos de 111 homens cometidos há trinta anos no Carandiru. Ainda se faz de uma manobra técnica, dado que homicídio só foi incluído no rol de crimes hediondos em 1994, tentando assim justificar o impensável. A Folha de São Paulo entrevistou os promotores responsáveis pelo caso que consideram que o “ indulto acabou com o processo e acreditam que, em princípio, os PMs estão indultados”.Vale lembrar que antes neste ano, a extrema-direita, já havia tentado anistiar tais assassinos. Na figura do asqueroso deputado bolsonarista Capitão Augusto (PL-SP) propôs a anistia destes policiais, esse teve seu relatório favorável pelo deputado Sargento Fahur (PSD-PR) e aprovado pela comissão de segurança pública.

Relembre o que foi o Massacre do Carandiru?

“No dia 02 de outubro completou 30 anos do massacre no Carandiru em SP. Em 1992 liderado pelo Governador Antônio Fleury e o secretário de Segurança Pedro Franco de Campos, aconteceu o maior massacre que levou a morte de 111 homens e 110 feridos e sua maioria negros. O Carandiru era um dos maiores presídios do país, a rebelião começou no pavilhão 9, com a desculpa que não poderiam deixar a rebelião se espalhar, a polícia entra no presidio com a ordem certa de extermínio dos que ali estavam, de lá para cá até hoje não existe culpados, nem responsabilizados pelas mortes”.

Não é à toa que Bolsonaro quer anistiar os policiais, que por trás tem seus mandantes com nome e sobrenome que seguem livres e na impunidade! Enquanto a polícia seguir sendo julgada entre seus pares em fórum especial, julgado pela secretaria de segurança, que garante apenas a segurança da propriedade privada, dos ricos, empresários e o governo legislando para a elite, nossa classe está fadada a punição. Quase 30 anos depois somente a força dos trabalhadores junto ao movimento negro pode impor a batalha por justiça aos mortos do Carandiru, garantindo punição aos mandantes em espacial e a todos os envolvidos, com indenização devida as famílias.

A luta por justiça no país onde os ditadores seguem no poder é árdua, mas só pode ser tomada pelas mãos dos trabalhadores em conjunto com seus sindicatos, movimentos sociais e estudantis.

Precisamos tomar essa luta com todo ódio por justiça aos mortos do Carandiru em nossas mãos, dos trabalhadores, do povo negro e o conjunto dos oprimidos, com nossos sindicatos, movimentos estudantis e sociais. Não podemos depositar nenhuma confiança em Alckmin, que em 2017 nomeou um dos responsáveis pelo massacre para dirigir a polícia de São Paulo, ou em Flávio Dino, que recentemente como novo Ministro da Justiça anunciou o coronel da PM de SP, Nivaldo César Restivo será o novo secretário de Políticas Penais. Esse militar reacionário já comandou a Rota e foi um dos responsáveis pelo Massacre do Carandiru em 1992, muito menos no STF, uma instituição do regime que apoia os ataques e reformas em curso, além de ter sido uma peça central no golpe institucional de 2016 e na proscrição de Lula. As maiores centrais sindicais, CUT e CTB, dirigidas pelo PT e PCdoB, devem construir um plano de lutas contra as reformas e ataques anti operários e por justiça pelos mortos de Carandiru, ao invés de canalizar toda raiva para uma falsa normalização do regime com Lula-Alckmin. Não esquecemos que foi no governo do PT que ocorreu a ocupação das tropas do Brasil no Haiti. Somente com as forças da nossa classe podemos varrer esse legado racista que Bolsonaro representa, da violência da polícia, milícias, garimpeiros e fazendeiros contra a população negra e indígena. Exigimos justiça aos assassinados no massacre do Carandiru. Não esqueceremos e não perdoamos! Sem Justiça, sem paz!"

 
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