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Cortes nas universidades
Fruto de cortes e precarização, departamento do Teatro UFRGS é evacuado por risco de incêndio
Faísca - UFRGS

Na quarta-feira (18), o Departamento de Arte Dramática da UFRGS foi interditado devido ao risco de incêndio no prédio. Essa situação de total insegurança para estudantes, professores, servidores e terceirizados é fruto direto dos cortes e da precarização geridos pela reitoria interventora do bolsonarista Bulhões. O movimento estudantil chama uma mobilização para segunda-feira (23).

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Na última quarta-feira (18), o Departamento de Arte Dramática (DAD) da UFRGS foi evacuado as pressas diante do risco de incêndio devido a um curto-circuito na fiação elétrica localizada na Sala Alziro Azevedo. Na quinta-feira (19), a Prefeitura do Campus suspendeu as aulas para um reparo emergencial, que voltaram a acontecer nesta sexta-feira, com algumas salas ainda interditadas.

Relatos de estudantes afirmam que quando ocorreu a retirada das madeiras do chão da sala, era possível ver fumaça saindo entre o cimento. Outros afirmam que o chão do teatro há meses estava muito quente, em um departamento que se encontra em situação insalubre, desde dificuldades na estrutura - como fiação elétrica sem os reparos necessários ou pisos e janelas que não podiam ter impacto ou serem manuseados pelo perigo de caírem - até questões sanitárias como surtos de escorpiões peçonhentos, baratas, pulgas e outras pragas.

Essa situação de total insegurança para estudantes, professores, servidores e terceirizados é fruto direto dos cortes e da precarização geridos pela reitoria interventora do bolsonarista Bulhões, que persegue até hoje a direção e técnicos do Instituto de Artes (IA) que se mobilizaram na defesa do direito de ocupação do antigo prédio do ICBS, prometido a mais de uma década para a comunidade do IA.

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Esse cenário é fruto direto dos anos de cortes que a educação vem sofrendo no país, e que ocorrem desde 2015 durante o governo Dilma, mas que se aprofundaram com o golpe de 2016 e com os cortes bilionários de Bolsonaro, que interviu nas reitorias de nossas universidades para que o peso desses ataques seja descarregado ainda com mais força nas costas dos setores mais precários da universidade como parte de aprofundar o projeto de uma educação superior cada vez mais voltadas para o lucro capitalista.

Nós da Juventude Faísca Revolucionária e Esquerda Diário apoiamos o chamado dos estudantes de teatro e do instituto de artes a se mobilizar nesta próxima segunda-feira (23) e chamamos toda a comunidade acadêmica, DCE, CAs, ASSUFRGS e demais entidades estudantis e de trabalhadores para cercar a luta dos estudantes e professores do DAD por melhor qualidade de infraestrutura para o departamento. Entendemos que a luta por infraestrutura digna precisa estar localizada na luta intransigente contra a intervenção bolsonarista em nossa universidade que serve de corrente de transmissão dos cortes na educação. Mas indo além, é preciso que tenhamos clareza sobre as condições concretas para garantir toda a infraestrutura mínima necessária para nossos cursos, o que significa a necessidade de reformas, contratações e outras medidas. Por isso, lutar pela abertura do livro de contas da universidade é essencial, pois só vemos ataques à permanência estudantil, precarização dos auxílios e do trabalho dos terceirizados, enquanto os altos salários acumulados de Bulhões e da burocracia acadêmica seguem intactos. Luta essa que necessita estar aliada ao conjunto das demandas populares como a defesa da revogação e reversão de todos os cortes, privatizações e reformas do último período, como o teto de gastos e as reformas trabalhista, da previdência e do ensino médio, ataques brutais dos quais o novo governo Lula-Alckmin já se coloca a preservar.

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Cada uma dessas demandas só podem ser conquistadas através da auto-organização democrática dos estudantes em aliança com professores e demais trabalhadores da universidade e de fora dela. Esse é também o caminho para colocar de pé um movimento estudantil consequente com a luta por uma universidade a serviço dos trabalhadores, e não dos empresários e dos banqueiros como quer Bulhões, tarefa que só pode ser levada a frente de maneira independente do novo governo eleito e de todas as instituições do regime. É por isso que chamamos todes à essa luta! Somente através da nossa própria força que arrancaremos a demanda por infraestrutura adequada para nossos cursos, sem nenhuma confiança na reitoria interventora ou na burocracia acadêmica.

 
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